Bebê morre de bronquiolite e pneumonia à espera de vaga em UTI na Grande BH
Prefeitura de Pedro Leopoldo informou que indisponibilidade de leitos na rede estadual extrapola esfera de competência do município
Minas Gerais|Do R7, com Gabrielle Assis, da Record Minas

Evelyn Beatriz Marques de Oliveira Bambirra, de apenas 1 ano e 4 meses, moradora de Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte, faleceu na madrugada de sábado (03), após complicações causadas por bronquiolite e pneumonia.
A menina estava internada na UPA de Pedro Leopoldo, também na Grande BH, desde quarta-feira (1º), quando o estado de saúde se agravou. A família denuncia que não conseguiram vaga em uma UTI pediátrica a tempo. A mãe de Evelyn vai procurar uma delegacia da Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (05).
Em nota, a Prefeitura de Pedro Leopoldo reforçou que a paciente “recebeu toda a assistência necessária e compatível com os mais rigorosos protocolos clínicos vigentes, sendo atendida por equipe médica qualificada e dedicada, com suporte contínuo de oxigenoterapia, broncodilatadores, antibióticos intravenosos e, nos momentos críticos, ventilação mecânica e medidas avançadas de suporte à vida” e que “a indisponibilidade de leitos (de UTI) em toda a rede estadual impediu a remoção em tempo hábil, circunstância que extrapola a esfera de competência do município”. Além disso, a Prefeitura também expressou solidariedade à família.
Na sexta-feira (02) a prefeitura de Pedro Leopoldo decretou emergência em saúde pública, em razão do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O governo de Minas Gerais também decretou emergência em saúde pública no estado, pelo mesmo motivo.
Nota na íntegra da Prefeitura de Pedro Leopoldo
“A Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, manifesta profundo pesar pelo falecimento da criança EVELYN BEATRIZ MARQUES DE OLIVEIRA BAMBIRRA, de 1 ano e 4 meses, ocorrido na madrugada de 03 de maio de 2025.
Desde sua entrada na rede municipal de saúde em 30 de abril, a paciente recebeu toda a assistência necessária e compatível com os mais rigorosos protocolos clínicos vigentes, sendo atendida por equipe médica qualificada e dedicada, com suporte contínuo de oxigenoterapia, broncodilatadores, antibióticos intravenosos e, nos momentos críticos, ventilação mecânica e medidas avançadas de suporte à vida.
*A paciente deu entrada no Hospital Municipal com um quadro de bronquiolite, confirmado por exames e radiografias. A evolução do quadro foi rápida e severa, compatível com casos de bronquiolite grave e infecção respiratória aguda em menores de dois anos, evoluindo para uma pneumonia, mesmo com o tratamento adequado. É importante destacar que não houve qualquer falha na prestação do atendimento médico, tampouco omissão de condutas clínicas ou administrativas.*
Diante da necessidade de cuidados intensivos, foram realizados todos os esforços para transferência imediata da paciente para Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI), com contatos diretos com os principais centros de referência da capital. Apesar das reiteradas tentativas, a indisponibilidade de leitos em toda a rede estadual impediu a remoção em tempo hábil, circunstância que extrapola a esfera de competência do município.
A Secretaria Municipal de Saúde reitera que todas as condutas médicas foram registradas de forma detalhada em prontuário, não havendo indício de qualquer tipo de erro ou negligência por parte da equipe profissional ou da gestão local.
Neste momento de dor, expressamos nossa solidariedade à família da paciente e reafirmamos o compromisso da administração municipal com a ética, a responsabilidade e a transparência.”
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