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'Ele queria estar lá com os amigos', diz mãe de brasileiro convocado pelo Exército de Israel

Raphael Victor Ramos, de 26 anos, vive no país do Oriente Médio com a família desde os 3 e tem dupla nacionalidade

Minas Gerais|Gisele Ramos, da Record TV Minas, com Pablo Nascimento, do R7

Raphael estava se preparando para mudar de país
Raphael estava se preparando para mudar de país

Um brasileiro de 26 anos está entre os convocados pelo Exército israelense para atuar na guerra contra o Hamas. A família, de Minas Gerais, vive no país do Oriente Médio desde que Raphael Victor Ramos tinha 3 anos. O jovem foi chamado por ter dupla nacionalidade.

Ramos fez o primeiro contato com a família nesta sexta-feira (13). Ele enviou uma mensagem ao padrasto na qual dizia que não podia dar muitos detalhes por questão de segurança, mas revelou que em 24 horas estará em atividade operacional. Ele contou também que está a caminho da Faixa de Gaza para preparar equipamentos e enviou um vídeo em que aparece com colegas de combate dentro de um ônibus.

“A sensação é o peso no coração. Ele não poderia deixar de ir. Ele queria estar lá com todos os amigos dele. O que eu queria mesmo era abraçá-lo, beijá-lo e ir com ele. O Raphael é um menino muito alegre. Ele foi sorrindo. Ele queria estar com os amigos dele que foram para a guerra”, conta Alice Ramos, de 62 anos, a mãe do jovem.

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Segundo a brasileira, essa é a terceira convocação do filho caçula. Entretanto, nas palavras dela, é a atuação “mais pesada”.

Ramos estava se preparando para se mudar para a Tailândia, para atender a uma oportunidade de trabalho com marketing digital. A viagem estava programada para o fim deste ano.


“Raphael é muito desprendido. Ele fala três idiomas e estava buscando o campo profissional. É um sonho que teve que ser interrompido. Acho que, quando voltar, ele precisará ficar forte primeiro [antes de pensar na carreira], já que uma guerra desestabiliza muito a pessoa”, comentou a mãe em meio ao choro.

Para Alice, saber que o filho está entre os 360 mil reservistas convocados para a batalha, que já matou milhares de pessoas, é angustiante.

“Vivi várias experiências com guerras, mas nada como esta. É uma sensação de medo e impotência por não poder fazer nada. A gente não tem muita notícia. Eles [os combatentes] são proibidos de dar informações para fora”, lamentou a mulher, que é casada com um israelense.

“É a segunda vez que eu falo que vou embora [de Israel] depois da guerra. Sair do Brasil foi algo novo para mim. Agora que eu tenho uma família aqui é como se eu estivesse abandonando um barco pegando fogo. Daqui eu não saio sem o meu marido e o meu filho”, completou.

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O conflito

A guerra entre Israel e o Hamas completa uma semana neste sábado (14). O conflito começou após um ataque-surpresa do grupo terrorista em terras israelenses.

As autoridades calculam que mais de 1.300 pessoas tenham morrido em Israel desde o início da guerra. Em Gaza, as mortes de palestinos somam 1.800, o que inclui crianças, segundo as autoridades locais.

O governo brasileiro está enviando aviões a Israel para garantir o retorno de nacionais que estavam de férias no país. Os interessados devem se cadastrar no portal do Itamaraty.

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