Em sobrevoo realizado na manhã desta quarta-feira (21), militares do Corpo de Bombeiros localizaram novos focos de incêndio no Parque Estadual Serra do Rola Moça, na região metropolitana de Belo Horizonte, e já iniciaram uma operação de combate e controle das chamas na área de preservação.
Além do helicóptero do Corpo de Bombeiros, uma aeronave da Polícia Civil e brigadistas por terra também trabalham no combate ao fogo. Mas, segundo o capitão dos bombeiros Thiago Miranda, a extensão do parque e a ação das pessoas que vivem no entorno da área de preservação dificultam a prevenção e controle das chamas.
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— O Rola Moça é um parque muito grande, é o segundo maior do Brasil, e a gente tem aqui uma estrada que passa por dentro das cidades. Então, é bem difícil conter a ação das pessoas, tando os criminosos quando aqueles fogos de preparos de alimentos, manifestações religiosas com velas e celebrações diversas. O cidadão precisa ter muita consciência.
Ainda conforme Miranda, a onda de incêndios registrada na região já destruiu aproximadamente 1750 campos de futebol, o que corresponderia à metade da área total do Parque do Rola Moça que, segundo o IEF (Instituto Estadual de Florestas), é de 3.941,09 hectares. Ele também alerta para os prejuízos aos recursos hídricos.
— O Parque tem aqui dentro nascentes muito importantes para nossa cidade e, sempre que há um incêndio, há uma diminuição dessas nascentes, o que isso é muito prejudicial, ainda mais em um momento de crise hídrica.
Além da Serra do Rola Moça, um incêndio de grandes proporções também atinge o Parque Nacional da Serra do Cipó, na região central de Minas Gerais. No local, o fogo teve início no último sábado (17) e está sendo combatido pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e pela Polícia Militar de Meio Ambiente.
Situação de emergência
Devido ao número de incêndios registrados nos últimos dias em Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel decretou situação de emergência no Estado. Na prática, a medida agiliza a liberação de recursos para compra de materiais para combate às queimadas, assim como a redução da burocracia para acessar verbas federais. O decreto tem duração de 90 dias. Além disso, ele também anunciou a liberação de R$ 8 milhões para combater queimadas em Minas.