Início do ano letivo é adiado em 343 cidades mineiras
Em assembleia, prefeitos decidiram adiar as aulas para 11 de março caso haja regularização dos repasses do governo
Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7 com RecordTV Minas
A crise financeira das cidades mineiras e o impasse sobre os repasses do governo de Minas Gerais para as prefeituras continuam impactando a educação do Estado. A AMM (Associação de Municípios Mineiros) anunciou nesta segunda-feira (21) que cerca de 40% das cidades atrasarão o início das aulas das escolas municipais para o dia 11 de março devido à falta de dinheiro. A associação afirma, que apenas neste ano, cerca de R$340 milhões deixaram de ser enviados às prefeituras.
De acordo com a AMM, a data está prevista caso haja regularização de repasses. Se não houver, a data de início do ano letivo pode ser novamente adiada. A recomendação da associação é de que todos 343 prefeitos presentes na assembleia sigam essa decisão, mas cabe a cada cidade definir o que será feito.
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Após a assembleia, os prefeitos de dirigiram à Cidade Administrativa, onde pretendiam se reunir com o governador Romeu Zema (Novo). Após protesto no local, seis representantes da AMM foram recebidos pelo Secretário de Governo, Custódio Mattos, que ouviu as reivindicações dos políticos. O presidente da AMM, Julvan Lacerda, disse que ainda não houve acordo.
— Nós viemos apresentar a necessidade que os munícipios têm de receber o dinheiro que está retido. O Secretário de Governo não deu uma posição clara do que vai ser feito, mas se comprometeu que o governador vai fazer um anúncio explicando o que ele pretende fazer para regularizar a situação.
O governo de Minas ainda não se pronunciou sobre a reunião.
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Escolas estaduais
O governador Romeu Zema anunciou nesta segunda-feira (21) o repasse de R$48,7 milhões em investimentos nas escolas estaduais para garantir o início das aulas em fevereiro. O anúncio foi feito durante o primeiro encontro com superintendestes das 47 Regionais de Ensino de Minas Gerais.
Do total a ser investido, serão repassados cerca de R$ 15 milhões para a manutenção e o custeio das escolas, com compra de materiais básicos para o funcionamento (papel, tintas de impressora, canetas), produtos de limpeza e outros insumos; R$ 1,7 milhão para a contratação de serviços de internet para uso administrativo e pedagógico; e R$ 32 milhões para o transporte escolar, referentes ao mês de fevereiro.