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Justiça de MG deve ouvir 60 testemunhas do caso Backer em nova rodada de audiências

Depoimentos focados nas testemunhas de defesa dos réus devem acontecer durante 11 dias a partir de 20 de março

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Ao menos 10 pessoas morreram intoxicadas com a cerveja Belohorizontina
Ao menos 10 pessoas morreram intoxicadas com a cerveja Belohorizontina

A Justiça de Minas Gerais vai realizar a partir do dia 20 de março uma nova rodada de audiências sobre as denúncias contra os possíveis responsáveis pela contaminação de lotes da cerveja Belohorizontina, da marca Backer. A expectativa é que o interrogatório dure 11 dias. A data foi confirmada nesta segunda-feira (27).

Segundo o Fórum Lafayette, desta vez, a Justiça pretende ouvir 60 testemunhas de defesa, em uma média de seis pessoas por dia. Dentre elas, estão funcionários da cervejaria e parentes dos diretores da fábrica.

As audiências acontecerão em formato híbrido. Alguns interrogados estarão presencialmente, enquanto outros vão participar por chamada de vídeo.

A primeira rodada de depoimentos aconteceu em maio de 2022, quando a Justiça ouviu quatro vítimas e 23 testemunhas de acusação. Dentre elas, estavam parentes das vítimas e o delegado responsável pela investigação.


Denúncia

O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) denunciou, em setembro de 2020, 11 pessoas por envolvimento no caso, que terminou com a morte de ao menos 10 consumidores e deixou ao menos outros 19 com sequelas. Elas são acusadas de lesão, tentativa de homicídio e contaminação de alimentos.


Um dos réus morreu em novembro do mesmo ano, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Os denunciados ainda não foram interrogados pela Justiça. Eles respondem ao processo em liberdade.

Haya Khalil Lebbos, Munir Khalil Lebbos e Ana Paula Lebbos, sócios da marca, foram acusados de adulterar produto alimentício. Cinco funcionários da empresa foram denunciados por homicídio culposo, em que não há intenção de matar.


Segundo o MPMG, eles trabalhavam em áreas ligadas ao processo de produção e segurança na fábrica. Um oitavo investigado também vai responder por adulteração de alimento e um 10º por falso testemunho.

No fim das investigações, os peritos concluíram que parte do lote da bebida estava contaminada com monoetilenoglicol e dietilenoglicol, dois anticongelantes tóxicos ao corpo humano, usados no processo de resfriamento industrial. O material teria caído na bebida durante a fabricação. Tanques da empresa, localizada na região oeste de Belo Horizonte, estavam furados.

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