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Macacos morrem com vírus da herpes no Parque das Mangabeiras, em BH

Prefeitura da capital mineira pede que visitantes não alimentem os animais para se evitar a transmissão de doenças

Minas Gerais|Pablo Nascimento e Mayara Folco, da RECORD Minas

Macacos morreram com herpesvírus no Parque Municipal de BH Reprodução/RECORD MINAS

Três micos-estrela morreram após contraírem o vírus da herpes, no Parque das Mangabeiras, cartão-postal da região Centro-Sul de Belo Horizonte. Diante dos casos, a prefeitura montou uma campanha para orientar os visitantes a não alimentarem os animais, já que este é um dos principais meios de transmissão dos organismos que podem causar doenças. Apesar da gravidade dos quadros nos macacos, especialistas alertam que não há risco de morte para humanos.

Segundo a Fundação Municipal de Parques, uma quarta morte de primata foi registrada no local neste ano. O corpo do animal foi levado para análise no Centro de Triagem de Animais silvestres do IBAMA, mas os resultados não foram conclusivos para a presença ou não de herpesvírus.

O tipo de vírus identificado nos micos é o HSV-1, o mesmo vírus que causa as conhecidas feridas labiais em humanos. No entanto, enquanto em pessoas adultas a infecção geralmente causa sintomas leves, como bolhas na boca ou ao redor dos olhos, podendo até mesmo passar despercebida, nos pequenos primatas a situação é bem diferente. A infecção pode ser fatal para eles, conforme explica Clair Benfica, diretor de parques da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte.

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“Esses animais que vivem nos parques urbanos têm uma relação afetiva com o ambiente habitado por nós. Ele vive. Não fica muito isolado. Tem proximidade com o ser humano. É um fator que também traz ameaça a ele, a medida em que ele recebe alimentação das pessoas, por amor. Essa ação, que parece ser inofensiva, causa problema”, explica.


Cartazes foram espalhados pelo parque alertando a população para evitar alimentar os animais silvestres. Os textos dão a seguinte explicação:

  • Os alimentos humanos fazem mal para a saúde dos animais;
  • Os animais silvestres são capazes de encontrar seu alimento nas matas e florestas;
  • Ao ingerir nosso alimento, os animais silvestres podem contrair ou transmitir doenças;
  • Atrapalha os animais a cumprir seu papel ecológico.

Além das mensagens explicativas, equipes da Fundação treinaram funcionários do parque e estão orientando os visitantes por meio de campanhas educativas.


“É importante destacar que, por se tratar de uma infecção comum, a doença apresenta poucos riscos para a população. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, por exemplo, 99% da população adulta já adquiriu imunidade na infância e na adolescência, tendo infecção assintomática ou em um único episódio, garantindo resistência ao vírus. Em caso de sintomas a orientação é buscar atendimento médico para o cuidado adequado”, ressaltou a prefeitura em nota.

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