Moradores fazem abaixo-assinado para tentar manter parque aberto
Um dos principais símbolos de BH, o parque de diversões Guanabara está com as atividades suspensas por causa da pandemia desde o mês de março
Minas Gerais|Célio Ribeiro*, do R7, e Mayara Folco, da Record TV Minas
Moradores de Belo Horizonte se mobilizam em um abaixo-assinado virtual para tentar manter aberto o Parque Guanabara, um dos símbolos da região da Pampulha.
O centro de diversões, criado há 50 anos, enfrenta dificuldades financeiros devido ao fechamento durante a pandemia de covid-19. As atividades estão suspensas desde o mês de março.
Dos 115 funcionários, seis foram afastados. O custo para manter o parque, mesmo fechado, é de cerca de R$ 300 mil mensais. O filho do fundador do parque e atual proprietário, Reynaldo Pereira Dias, afirma que o espaço tem reservas financeiras, mas que elas já estão terminando.
— Estamos usando a reserva para manter o parque. Enquanto isso, continuamos aguardando permissão para retomar o parque e o faturamento.
A petição, que já reuniu 4.069 das 5.000 assinaturas esperadas, alega que o parque é considerado um ponto turístico da capital mineira.
Parque histórico
O Parque Guanabara foi criado no Espírito Santo em 1951 pelo empresário Paulo Pereira Dias. Inicialmente, a atração era itinerante e passou por várias cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo até se fixar em Belo Horizonte em 1964.
Veja: Covid faz 300 lojas de shoppings de BH fecharem e 2 mil são demitidos
O parque foi instalado inicialmente no bairro Carlos Prates, na região Noroeste, e depois no Nova Suíça, na região Oeste da capital. Em 1970, ele foi levado para a orla da Lagoa da Pampulha, em frente à Igreja de São Francisco de Assis, onde está até hoje.
O local marcou a infância de várias gerações de belo-horizontinos. Caio Augusto da Silva, projetista mecânico do Parque Guanabara, é filho do gerente de manutenção do espaço. Segundo ele, os momentos vividos nos brinquedos durante a juventude o influenciaram na escolha da profissão
— Por ter feito parte da minha vida, o parque influenciou bastante a minha trajetória e a minha carreira.
Expectativa
O empresário Paulo Pereira Dias, proprietário do parque, tem consciência de que a situação vivida por ele também acontece com centenas de outras empresas na cidade. Ele espera que o centro de diversões possa voltar à ativa em breve, oferecendo diversão com segurança.
— Tudo começou com meu pai e ele deixou um legado que nós buscamos manter, que é o nosso compromisso com o público.
* Estagiário do R7, sob supervisão de Pablo Nascimento