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Pessoa picada por abelha deve ser levada ao hospital imediatamente, alertam especialistas

Uma única ferroada pode causar choque térmico em alérgicos; as picadas podem causar comprometimento renal e hepático

Minas Gerais|Maria Fernanda Ramos*, do R7 e Akemí Duarte, da Record TV Minas

O indicado é não matar a abelha após a picada
O indicado é não matar a abelha após a picada

Depois que uma mulher foi atacada por um enxame de abelhas no bairro Serra, na região centro-sul de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (8), especialistas alertaram para os perigos das picadas desses insetos. Segundo eles, mesmo não sendo alérgica, a pessoa deve procurar ajuda médica imediatamente após a ferroada.

Adebal Andrade Filho, coordenador da Toxicologia do Hospital João XXIII, conta que uma única picada pode causar choque térmico em uma pessoa alérgica e mais de cem picadas podem causar síndrome tóxica, com comprometimento renal e hepático. "Um indivíduo pode ter uma única picada e ter um choque térmico, isso acontece nas duas primeiras horas. Naqueles indivíduos com mais de cem picadas, a gente chama de uma síndrome tóxica, e pode ter complicações futuras dois, três dias após as picadas, como comprometimento renal, comprometimento hepático. É um quadro potencialmente grave", relata.

A vítima da picada, segundo ele, deve ser retirada do local e encaminhada diretamente à unidade de pronto atendimento mais próxima. Caso esteja longe dela, é preciso acionar o Corpo de Bombeiros ou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). “O paciente tem que ser retirado da área do acidente e levado o mais rápido possível para uma unidade de pronto atendimento, se estiver próximo. Se estiver longe, acionar o 193 ou o 192 para que essa vítima seja levada”, ressalta o médico.

No ano passado, 137 vítimas de ataque de abelhas foram atendidas no Hospital João XXIII. Destas, 18 ficaram em estado grave, porém nenhuma morte foi registrada pela instituição.


A vítima do ataque de abelhas que aconteceu no bairro Serra foi encaminhada em estado grave ao Hospital João XXIII na última quinta-feira (9). Pessoas que passavam pelo local tentaram ajudá-la e também foram vítimas do enxame.

O Corpo de Bombeiros precisou isolar o quarteirão para realizar uma varredura nas árvores e nos telhados das casas. De acordo com os moradores, uma colmeia foi encontrada em uma árvore no local. Os militares tentaram eliminar o enxame, mas, nesta sexta-feira (10), mais abelhas foram vistas pelo bairro.


O especialista pede que, em caso de ataque de abelhas, a vítima mantenha a calma, não coce a região afetada e não mate a abelha, pois isso pode atrair o enxame. “Quando você tem uma picada e elimina aquele bicho, ele libera uma substância que acaba atraindo outras abelhas da mesma colmeia. Em 15 ou 20 segundos saem de cem a 200 soldados daquela colmeia e atacam aqueles indivíduos”, explica. 

*Estagiária sob supervisão de Maria Luiza Reis 

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