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50 anos do Golf: como foi a estreia de um dos carros de maior sucesso da VW

Primeira geração se tornou o carro mais vendido da Alemanha em um ano superando modelos tradicionais

Autos Carros|Marcos Camargo JrOpens in new window

50 anos do Golf: como foi a estreia de um dos carros de maior sucesso da VW

A Volkswagen fez uma transição importante há exatamente 50 anos. O Fusca, compacto de sucesso com mais de 21 milhões de unidades fabricadas até aquele momento estava se despedindo da Europa. Seria uma transição difícil, mas outro carro já estava a caminho: o Golf. Após o lançamento do carro no final de março de 1974, as primeiras unidades do compacto estavam chegando às lojas no começo de junho daquele ano.

O Fusca então deixava de ser produzido em Wolfsburg, sua “casa” desde o começo, e versões especiais como a conversível e as de exportação seriam feitas em ritmo mais lento na fábrica de Emden, ambas na Alemanha. E na vacância do Fusca o Golf começava a ganhar forma.

50 anos do Golf: como foi a estreia de um dos carros de maior sucesso da VW

O compacto Golf era fruto de um grande investimento da Volkswagen na época. Era compacto, com motor dianteiro refrigerado a água em um projeto de design de Giorgetto Giugiaro. O Golf era uma versão acessível do NSU K70 e do Volkswagen Passat que estreou um ano antes, porém a ideia mercadológica do Golf seguia a receita do clássico Beetle, o Fusca, que seria um carro para as massas.

50 anos do Golf: como foi a estreia de um dos carros de maior sucesso da VW

O primeiro Golf tinha motor refrigerado a água em versões menos potentes que o do Passat lançado um ano antes que tinha motor 1.3 de 55cv e 1.5 de 65 ou de 85cv. O Golf tinha o 1.1 de 50cv e 1.6 de 70cv nas versões mais equipadas. O Golf GTI só viria dois anos depois mas com o 1.6 de 110cv.


50 anos do Golf: como foi a estreia de um dos carros de maior sucesso da VW

Naquele ano de 1974 a Volkswagen fez um grande esforço de propaganda para mostrar um novo momento. A estreia dos motores refrigerado da água começaram no fim dos anos 1960 com os NSU, e depois após a união da marca com a Audi, a Volkswagen havia transformado o modelo 80 no Passat e precisava de um carro de acesso. O Golf caiu como uma luva.

Klaus Bischoff, chefe de design da Volkswagen disse a respeito do Golf em uma publicação interna: “o passo do Fusca para o Golf foi realmente revolucionário. A mudança da refrigeração a ar pela água e a montagem dianteira, foi uma novidade em um carro acessível para a época. De forma criativa os designers mudaram as formas angulares para um desenho mais fluido com o passar dos anos e itens como a silhueta elevada, a coluna C bem ampla e os arcos de roda destacados são elementos presentes no Golf até os dias de hoje”, disse.


Produção em alta velocidade

Com uma linha de produção já automatizada em vários pontos, o Volkswagen Golf era mais rápido de produzir do que o Fusca que estava saindo de linha naquele ano de 1974. No ano seguinte com 12 meses de venda o Golf já era o modelo mais vendido na Alemanha e na Inglaterra. Só em 1975 os alemães compraram 166.869 unidades do Golf deixando a Mercedes em segundo lugar e tendo o Passat como terceiro colocado com 119 mil unidades no ano.

50 anos do Golf: como foi a estreia de um dos carros de maior sucesso da VW

A aceitação era altíssima para um carro que estava chegando ao mercado. A Volkswagen queria liderar todos os segmentos e as vendas do Passat iriam bem e agora com o Golf havia um reforço de peso. Com o Golf a Volkswagen superou em um ano modelos como o Opel Kadett e Ford Escort.


A partir de 1974 o Fusca seria vendido na versão conversível fabricado em Emdem e também para exportação pois alguns países da Europa e Estados Unidos ainda compravam o Fusca. O último Fusca alemão sairia de cena em 1980 na versão conversível. Já o Golf dominava Wolfsburg e três turnos não davam conta de produzi-lo a altura da demanda.

50 anos do Golf: como foi a estreia de um dos carros de maior sucesso da VW

Em 1976 a Volkswagen já iria comemorar 1 milhão de unidades produzidas do Golf e a família iria crescer enquanto a Volkswagen trabalhava na segunda geração do carro. Seu sucesso inspirou a renovação da Volkswagen em outros países como o Brasil que trabalhava em um sucessor para o Fusca na resposta que viria com o Gol em 1980.


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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