Por que postos de gasolina dificilmente explodem ao serem atingidos por veículos em acidentes?
Há muitos dispositivos de proteção obrigatórios para evitar que isso aconteça
Autos Carros|Marcos Camargo Jr e Marcos Camargo Jr.
No último fim de semana, mais um acidente causado pela imprudência deixou três mortos na zona sul de São Paulo. Um carro que vinha da alameda Santo Amaro em direção ao largo do Socorro bateu em uma bomba de combustível de um posto de gasolina e a arrancou. Mas por que essa colisão e tantas outras que ocorrem pelo país dificilmente levam a uma explosão?
A razão se deve às regras de instalação dos chamados postos de serviço no país. Não basta uma colisão para que a bomba de combustível exploda. É certo que uma explosão de um posto cheio de líquido inflamável em seu interior seria devastadora. Mas há muitos dispositivos de proteção obrigatórios para evitar que isso aconteça.

A maioria das explosões que ocorrem em postos se deve a problemas ocasionados nos veículos. São carros GNV que têm problemas de vazamento nas mangueiras, faíscas em carros estacionados em processo de abastecimento dentro do posto, mas dificilmente são explosões.

Nas bombas há dispositivos que cortam o combustível em caso de colisão de qualquer veículo, justamente para evitar acidentes. As bombas também não são estruturais. Ou seja, servem somente para transportar o combustível pelas mangueiras por meio de uma bomba, e assim a estrutura aparente é facilmente removida. Isso também evita explosões por faíscas em caso de acidentes.

Além disso, há dispositivos corta-chamas na parte interna dos tanques e respiros que servem para igualar a pressão interna com a interna. Assim, em caso de acidentes, o risco de explosão de tanques é mínimo.
