Serviço: Peças falsificadas são um perigo para o carro
Prejuízo bilionário também coloca segurança da família em risco
Fazer uma revisão preventiva ou corretiva no carro pode custar caro. E, infelizmente, no Brasil a ocorrência de venda e uso de autopeças falsificadas vem crescendo. Dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação mostram que só no ano passado 2024, 258 operações de fiscalização de autopeças foram feitas no país. As peças falsas geram prejuízos que chegaram a R$ 12 bilhões no ano passado. Além de prejudicar toda a cadeia de desenvolvimento, pesquisa, produção e venda de produtos, a peça falsa também compromete a qualidade do reparo e prejudica os veículos.
Hoje estima-se que 20% dos lubrificantes utilizados nos motores tenham origem falsa. Não existem dados precisos sobre a quantidade de peças falsas destinadas ao mercado automotivo. Mas só no universo do e-commerce mais de 5 milhões de denúncias já foram feitas à associação.
Utilizar uma peça falsa no veículo pode reduzir a segurança a bordo, comprometer a vida dos componentes e também resultar em acidentes. Peças que falham no funcionamento ou não tem o desempenho esperado pelos seus fabricantes, podem causar problemas e comprometer a vida do motorista e passageiros.
E quem vende também comete crime. Quem violar a lei vendendo peças falsificadas pode responder segundo a Lei 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial), o Código de Defesa do Consumidor (artigo 65) e também o Código Penal (artigo 132).
Mas como se proteger desse perigo?
Compre apenas em lojas conhecidas ou de boa reputação: essa é a primeira providência para se proteger das peças falsas. Compre em estabelecimentos conhecidos e que fornecem nota fiscal e no caso da internet apenas em lojas que tenham boa reputação entre seus clientes. Antes de fazer a compra, pesquise no sites de reclamação se há algum histórico de pedido não entregue ou de baixa qualidade nos itens oferecidos.
Fique atento às descrições: peça nova não pode ser recondicionado ou remanufaturado. Ao comprar especialmente no sites, verifique se há alguma informação quanto aos itens recondicionadas. Esse tipo de peça já foi previamente utilizada e não terá o mesmo desempenho de uma peça nova.
Exige a nota fiscal: ao comprar pelo site ou mesmo em lojas físicas, exija sempre a nota fiscal.ela garante que a transação foi legal e houve o recolhimento dos devidos impostos. Em caso de reclamação, a nota fiscal deverá ser exigida como comprovante de compra.
Verifique a embalagem: desconfie de peças que venham em embalagens rasgadas ou com informações ilegíveis.
Verifique número de lote e produção: é sempre importante verificar a procedência da peça por meio do número do lote e também de informações sobre a produção daquele item. Os grandes fabricantes oferecem em seus sites, informações para verificação do lote que atesta a autenticidade dos seus produtos.
Verifique as certificações: neste caso, confira informações como aprovações de entidades como CESVI, Sindirepa, Inmetro entre outros.
No caso das autopeças, pessoas que não têm conhecimento técnico devem recorrer diretamente aos seus mecânicos ou estabelecimentos de confiança. Infelizmente, atraídos por baixo preço ou por condições como entrega mais rápida, muitos proprietários de veículos adquirem peças sem procedência na internet sem saber o perigo que correm. Se o assunto é manutenção do veículo é muito importante ficar atento à qualidade dos itens que são utilizados.
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