Teste: Rampage Laramie diesel oferece o que o brasileiro espera de uma picape

O consumidor brasileiro sempre demonstrou preferência por picapes a diesel. Esse tipo de combustível oferece uma maior autonomia, o que é crucial para deslocamentos longos realizados no interior do país. Apesar de muitas picapes também serem disponibilizadas na versão a gasolina, como a própria Rampage, que oferece muito mais potência, o diesel continua sendo uma opção significativa na variedade oferecida. A Ram reconhece essa demanda e disponibiliza o renomado motor Multijet 2.0 turbodiesel em ambos os modelos, e desta vez estaremos avaliando a versão Laramie.

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O visual clássico da Rampage evoca ainda mais as picapes maiores quando se observa de perto a versão Laramie. A grade com cromados horizontais, moldura ampla, faróis afilados e o desenho retilíneo são reminiscentes da Ram 1500. As rodas com acabamento diamantado, os para-choques cromados e os frisos largos agregam o estilo característico dos modelos de porte maior.

O motor é o conhecido que estreou por aqui ainda em 2015: um 2.0 Multijet turbodiesel de 170cv e 38,8kgfm de torque, combinado com transmissão automática de nove velocidades e tração 4X4 automática.

No pacote tecnológico, ela supera os modelos médios. Na prática, a Rampage se destaca precisamente pelos itens de conforto, tecnologia e segurança a bordo. Inclui um painel digital de 12 polegadas, multimídia de 10 polegadas, pacote ADAS, rodas de 18 polegadas, entre outros itens.

Comparada a uma picape média, a Rampage quase alcança o mesmo tamanho, com seus 5,02 metros de comprimento e 2,99 metros de entre-eixos, dando a impressão de ser um modelo com chassi. Seu compromisso, na verdade, está voltado para o conforto, graças à suspensão independente do tipo multilink na traseira e a uma variedade de itens de série.

O motor de 170cv não possui o mesmo destaque da versão a gasolina. Não se iluda. O motor Hurricane4 tem 100cv a mais, o que faz uma grande diferença. No entanto, o motor Multijet se mostra suficiente, com bom torque, entrega de potência em baixas rotações e um comportamento suave, sem vibrações.

Em termos de equipamentos, as versões são semelhantes, sendo relevante ressaltar o nível de itens que muitas picapes médias nessa faixa de preço não oferecem. As versões mais equipadas dessas picapes custarão, em média, R$ 100 mil a mais. No entanto, é importante observar: a Rampage é uma picape monobloco, mais leve e compacta, não possuindo os mesmos atributos das mais tecnológicas, como a Ford Ranger ou a Toyota Hilux, que são modelos médios.

Em termos de capacidade de carga, como uma picape compacta, a Rampage tem capacidade para 1015 litros, o que é considerável, além de suportar até 980kg, quase o que é possível carregar em um modelo médio com chassi. Além disso, entre os detalhes de luxo, destacam-se os faróis em LED com ajuste elétrico de altura, tampa traseira amortecida, controle de cruzeiro adaptativo com stop&go, controle de descida, partida remota, o aplicativo Ram e sensor de chuva.

No modelo testado, há o pacote elite que inclui bancos com ajuste elétrico, sistema de som Harman Kardon e iluminação ambiente por um custo adicional de R$ 6 mil. No entanto, não há a opção de teto solar, nem mesmo como um opcional.

Apesar desse deslize, o toque da Stellantis tornou a Rampage um produto preparado para conquistar uma posição de destaque no mercado. Tanto que os números já confirmam isso, uma vez que a Rampage foi o 23º veículo mais vendido do mercado em seus quatro meses após o lançamento.

Ao longo do nosso teste, o consumo de diesel ficou em 10,5 km/l na cidade e 14 km/l na estrada. Com um preço de R$ 249,9 mil, equivalente ao custo de uma picape média de entrada, a Rampage Laramie com motor diesel oferece maior conforto, itens de série e comodidades semelhantes às de um automóvel.