Volkswagen pode receber ajuda do governo para superar crise na Europa
Marca enfrenta dificuldades devido à queda nas vendas na Europa e à perda de mercado na China
A crise enfrentada pela Volkswagen tem levantado preocupações no governo alemão, com risco de demissões e fechamento de fábricas. Em meio a uma transição muito rápida para os veículos elétricos as vendas caíram 15,2% só neste ano e enquanto a marca anuncia uma reestruturação uma notícia chamou a atenção no noticiário internacional. O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou por meio de uma entrevista que o governo pode apoiar a Volkswagen, mas ressaltou que a responsabilidade de superação recai sobre a própria montadora. A marca enfrenta dificuldades devido à queda nas vendas na Europa e à perda de mercado na China, onde a liderança foi tomada pela BYD após várias décadas.
Este ano a Volkswagen ainda não conseguiu emplacar 500.000 unidades na Europa, um número inferior aos números pré pandemia o que mostra uma crise para a marca alemã.
Um dos seus principais executivos ligados ao setor de produção Arno Antlitz, também já disse em declarações que o mercado europeu reduziu de forma considerável suas vendas.
Porém o governo alemão já avisou que acordos trabalhistas com funcionários da Volkswagen tem que ser cumpridos em troca de incentivos que ainda estão sendo discutidos.
Ponto de virada
E aumento a Volkswagen está revendo seus planos de eletrificação em ritmo mais rápido uma mudança está em curso rumo aos modelos elétricos mais acessíveis.
Na Espanha, a fábrica de Pamplona está sendo adaptada para produzir novos veículos elétricos a partir de 2026, como o Volkswagen ID.2 e o Skoda Epiq. Essa mudança visa ajudar a Volkswagen a competir no crescente mercado de carros elétricos, especialmente contra os fabricantes chineses que já estão no continente europeu apesar da super taxação imposta pela União Europeia. Até lá, os modelos T-Cross e Taigo continuarão sendo produzidos para dar “volume” na fábrica espanhola mas o Polo agora é feito na África do Sul abastecendo a Europa. Contudo, a capacidade da fábrica será reduzida nos próximos anos, antes de aumentar com a produção dos novos elétricos, que deve alcançar 300.000 unidades em 2027 segundo estimativas.
O plano é impulsionar as vendas de elétricos para compensar as perdas recentes e melhorar as perspectivas futuras da empresa, ao mesmo tempo em que o governo busca garantir a estabilidade de empregos e apoiar a transição para os veículos elétricos.
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