Hidrogênio verde será o principal combustível para os carros do futuro?
Duas grandes montadoras se unem para desenvolver um motor de combustão a hidrogênio até 2028
O anúncio recente feito pela BMW e a Toyota causaram alvoroço no mercado automobilístico que já vem apostando em modelos híbridos e elétricos como alternativas de uma mobilidade de baixo carbono. Pensando em um futuro ainda mais sustentável, o chamado hidrogênio verde surge como uma fonte de combustível emergente e vem ganhando o apoio de governos pelo mundo todo. Vários países estão adotando estratégias para promover o seu uso em diversos setores, como transporte, indústria e energia.
Mas o que seria afinal esse hidrogênio verde e como o Brasil pode se tornar um celeiro na produção dessa energia limpa?
Estamos falando do hidrogênio presente naquela fórmula química que aprendemos na escola, a H20, lembram? É isso mesmo, a grosso modo seria uma quebra das moléculas de água, um hidrogênio produzido por meio da eletrólise da água, utilizando fontes renováveis (particularmente energias eólica e solar).
Nesse contexto, o Brasil se destaca por possuir uma extensa costa, incidência solar durante todo o ano e ventos favoráveis, ou seja, possui condições ideais para a produção de hidrogênio verde em larga escala. Além disso, o país tem um dos menores custos para a geração de energia renováveis, o que é fundamental para tornar o processo de produção por eletrólise mais acessível e econômico.
A Austrália, conhecida como a “Arábia Saudita do hidrogênio verde”, também merece destaque por ser um dos países líderes na produção de hidrogênio verde atualmente, devido aos seus vastos recursos de energia renovável, principalmente eólica e solar. A Alemanha é outro país que vem adotando estratégias para promover o seu uso em diversos setores por meio da criação de um mercado de hidrogênio crescente e viável.
Agora voltando a questão dessa economia a base de hidrogênio que além de contribuir no combate às mudanças climáticas, chega para promover uma verdadeira revolução na mobilidade sustentável. Na indústria automobilística, esse hidrogênio é, então, direcionado para uma célula de combustível, onde ocorre a reação química entre o hidrogênio e o oxigênio. Essa reação gera eletricidade que é usada para alimentar o motor elétrico do veículo.
Será mesmo que estamos perto de vermos as frotas em grandes centros urbanos como São Paulo emitindo vapor d’água pelo escapamento, em vez daquela fumaça de gases poluentes que só aumentam o efeito estufa? Ou projetar o fim dos carros movidos a combustíveis fósseis ainda é sonhar muito alto?
Conversei sobre o avanço dessa tecnologia com o professor da Universidade de Itajubá (MG), Luiz Horta Nogueira. Ele fala sobre as vantagens do hidrogênio verde, o chamado combustível do futuro, e pondera os desafios na redução dos custos da produção, bem como no armazenamento desse tipo de biocombustível que pode ajudar na descarbonização do planeta. Acompanhe nesse vídeo.
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