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Fiscal do Clima

Salvem a rainha! Abelhas já correm o risco de extinção por causa das mudanças climáticas

Preservar para não ter que depender de robôs: entenda o que nós precisamos fazer

Fiscal do Clima|Luiza ZanchettaOpens in new window

Abelha biônica pode ser o nosso futuro para salvar as colmeias Imagem criada por IA via Leonardo.IA

Imagine conviver com um ser meio humano, meio robô, reproduzido em laboratório? Parece que estou falando daqueles roteiros de filmes de ficção científica, não é verdade? Mas diante de tantas adversidades climáticas, pode ser que um ciborgue em breve saia das telas do cinema…

Algo parecido já vem acontecendo com as abelhas, por exemplo, que para resistirem aos efeitos de episódios como o último desastre no Rio Grande do Sul precisam passar por uma seleção que inclui melhoramentos genéticos.

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Longe de serem apenas produtoras de mel, possuidoras de um ferrão visto, muitas vezes, como um perigo ao homem e animais em função do veneno que esse sistema de defesa poderia injetar, as abelhas são as maiores responsáveis pela polinização das espécies produtoras de alimentos em todo o mundo. E o desaparecimento delas é uma grave ameaça para a biodiversidade do planeta e a segurança alimentar global.

O estado gaúcho é o maior produtor de mel do país e o mapeamento divulgado recentemente pela Embrapa documentou cerca de 21 mil colmeias perdidas em 88 municípios gaúchos, sendo que a grande maioria foi destruída imediatamente pelo desastre climático de 2024.


A perda das colmeias e de estoques de mel ainda não colhidos provocada pelo efeito das inundações e deslizamentos que impediram os apicultores de acessarem os apiários a tempo de salvarem as abelhas reacendeu o sinal de alerta.

De acordo com um relatório do Programa Observatório de Abelhas do Brasil, os apicultores precisam mais do que nunca de apoio financeiro e técnico. Isso inclui a promoção de cursos de capacitação em práticas de manejo mais eficientes e sustentáveis, como a seleção genética e a produção de rainhas.


Uma rainha jovem e selecionada geneticamente confere à colônia alta capacidade de crescimento populacional, resistência a pragas e doenças e pouca enxameação, o que se traduz em alta produtividade e resistência das colônias em situações de adversidades que podem levar à mortalidade, especialmente no inverno.

Vem daí a esperança de que colmeias lideradas por super rainhas que possam resistir aos desafios impostos pelas mudanças climáticas, como a própria falta de alimento para as abelhas em lugares devastados por tempestades severas.


Ainda há tempo de “salvar a rainha” e preservar as áreas naturais para que o seu reinado seja de fato duradouro. É isso ou ter de contar com as abelhas robóticas e com a inteligência artificial como única forma de evitar a extinção das colmeias...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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