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Tráfico no Rio de Janeiro alicia crianças e adolescentes para atuar como 'soldados do crime'

Em comunidades da capital fluminense, jovens são expostos a ambientes de violência extrema, influenciados por uma cultura que romantiza o crime organizado

Record News Investigação|Do R7

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Crianças e adolescentes estão sendo recrutados por traficantes no Rio de Janeiro. Em comunidades da capital fluminense, os jovens enfrentam ambientes de violência ao serem colocados para patrulhar ruas com armas e coletes improvisados, em uma espécie de treinamento — como se já fizessem parte de facções criminosas


Pesquisas mostram que grande parte dos adolescentes entra no tráfico a partir dos 12 anos, ocupando funções de menor prestígio, como a de olheiro. “Única preocupação que eles [os criminosos] têm é com o dinheiro e com o lucro, inclusive utilizando essas crianças e adolescentes como escudo humano”, afirma Antônio Ricardo, especialista em segurança. 

A glamourização do crime, por meio da música que exalta as facções e de eventos patrocinados pelo tráfico, estimula os jovens a ingressarem nesse universo. Em Manguinhos, comunidade na zona norte do Rio, uma criança foi registrada usando lança-perfume enquanto brincava com uma pistola nas mãos. 

“Nós temos aí um cenário de impunidade, nós temos leis frágeis e a glamourização do crime. Isso acaba estimulando essas crianças e adolescentes a entrarem para o mundo do crime”, reforça o especialista.

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