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Presidente do União Brasil vai pedir abertura de processo para expulsão de Chiquinho Brasão do partido

Antônio Rueda também quer o cancelamento da filiação partidária do deputado, suspeito de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco

Record News|

O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, vai pedir para a Comissão Executiva Nacional a abertura de processo disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão, suspeito de ser o mandante intelectual do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. O objetivo desse processo é a expulsão de Chiquinho do partido e o cancelamento da filiação partidária dele.

Prisões de envolvidos

Agentes da Polícia Federal cumpriram, na manhã deste domingo (24), 12 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão em diversos endereços do Rio de Janeiro. Entre os presos estão o deputado federal Chiquinho Brazão, do partido União Brasil, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa. Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

De acordo com a investigação, os presos são os autores intelectuais dos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Eles também são suspeitos da tentativa de assassinato de Fernanda Chaves, assessora de Marielle.

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A motivação do crime foi um embate entre Marielle Franco e Chiquinho Brazão em torno de um projeto de lei, de autoria de Brazão, que regularizava terrenos dominados pela milícia. Marielle era contra o projeto e considerada o principal ponto de resistência dentro da Câmara de Vereadores.

A lei foi aprovada, mas vetada pelo então prefeito Marcelo Crivella. O veto foi derrubado pelos parlamentares, o que motivou o MP/RJ a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal. O STF declarou a lei inconstitucional. A relatoria do processo, na época, era do ministro Alexandre de Moraes.

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Morte de Marielle

A quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi executada com quatro tiros ao sair de um evento na Casa das Pretas, na Lapa, região central do Rio, no dia 14 de março de 2018.

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Imagens de câmeras de segurança registraram o início da perseguição de um veículo prata ao carro da parlamentar, um Chevrolet Agile. No entanto, os disparos foram feitos em uma rua onde não havia sistema de monitoramento.

Um ano após o crime, a polícia prendeu o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz. Lessa é acusado de ter atirado com uma submetralhadora, e Élcio, de dirigir o veículo usado no crime. A arma usada por Lessa nunca foi achada. No entanto, durante as investigações, a polícia encontrou um arsenal na casa de um amigo de infância de Ronnie Lessa no Méier, zona norte do Rio. Na ocasião, o suspeito alegou ter guardado os 117 fuzis sem saber o conteúdo das caixas.

Uma denúncia revelou que o armamento foi lançado ao mar na Barra da Tijuca, na zona oeste. Em depoimento ao MP-RJ, um pescador confirmou ter sido contratado por R$ 300 por um suspeito ligado a Ronnie Lessa para realizar o serviço.

A partir da informação, em outubro de 2019, a Operação Submersus prendeu a esposa e o cunhado de Ronnie Lessa, além de duas pessoas, por atrapalharem a investigação.

No ano seguinte, o bombeiro Maxwell Simões Correa foi preso na Operação Submersus 2 por ajudar o grupo a descartar a arma do crime.

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