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AAS para prevenir doença cardiovascular pode ter riscos

Novas diretrizes de entidades médicas internacionais indicam que uso diário do medicamento não é eficaz em todos os casos

Saúde|Fernando Mellis, do R7

AAS é indicado só a quem já tem problema cardíaco
AAS é indicado só a quem já tem problema cardíaco

Tomar um comprimido de AAS (ácido acetilsalicílico), ou Aspirina (nome comercial mais conhecido) por dia como forma de prevenção primária de doença cardiovascular não é algo indicado para todas as pessoas.

O uso positivo do medicamento foi consenso durante muito tempo na comunidade médica, mas passou a ser revisto nos últimos tempos.

Novas diretrizes indicam que o medicamento pode ser mais prejudicial do que benéfico em determinados grupos estudados.

O Colégio Americano de Cardiologia e a Associação Americana do Coração divulgaram orientações recentes em que dizem que adultos sem histórico de doença cardíaca não devem tomar AAS em baixa dose diariamente para prevenir infarto ou acidente vascular cerebral.


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A conclusão foi que os riscos de efeitos colaterais superavam os benefícios em potencial. O principal problema está relacionado a hemorragias.


Um dos estudos analisou 19.114 pessoas saudáveis com 70 anos ou mais. Parte delas tomou 100 mg de Aspirina por dia e outra parte tomou placebo, durante cerca de cinco anos.

Os pesquisadores identificaram que não houve alteração significativa nas taxas de doença cardíaca coronária fatal, infarto, AVC ou insuficiência cardíaca entre os dois grupos. No entanto, o aumento de hemorragias foi de 38% entre os que tomavam o AAS.


As hemorragias graves registradas ocorreram na cabeça, o que pode levar à morte ou incapacidade. Apesar de baixa a incidência desse tipo de caso, os médicos alertam para que pessoas sem histórico de problemas cardiovasculares não façam uso do medicamento como forma de prevenção.

A recomendação é diferente para aqueles que já possuem algum problema cardiovascular diagnosticado, incluindo pessoas que tiveram infarto ou alguns tipos de acidente vascular cerebral.

Segundo os estudos, nesses indivíduos, os efeitos positivos do AAS superam os negativos.

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