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Américas vivem momento delicado frente à ameaça da pólio, diz Queiroga

Ministro da Saúde discursou na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana e defendeu o aumento da cobertura vacinal contra a doença

Saúde|Do R7, com Agência Brasil


Marcelo Queiroga reforça necessidade da vacinação para barrar retorno da doença
Marcelo Queiroga reforça necessidade da vacinação para barrar retorno da doença

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (26) que as Américas vivem momento delicado frente à ameaça da volta da poliomielite na região. Ao discursar na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, ele defendeu a promoção de uma vigilância epidemiológica sensível, que permita a detecção e a investigação de todos os casos de paralisia flácida aguda — quadro relacionado à pólio.

“A inclusão do tema erradicação da poliomielite como item na agenda da 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana é crucial para alavancarmos ações imediatas de comunicação sobre os riscos existentes, bem como coordenar esforços”, disse.

Queiroga também destacou a necessidade de elaboração de um plano atualizado de resposta a surtos, de acordo com procedimentos operacionais previstos pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Precisamos ampliar as coberturas vacinais e fortalecer nossos sistemas de vigilância para evitar o risco de reintrodução dessa enfermidade imunoprevenível em nossa região. Precisamos agir agora. Precisamos agir juntos”, finalizou Queiroga.

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Campanha no Brasil

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação está em andamento em todo o país e deve ser encerrada na próxima sexta-feira (30). A imunização chegou a ser prorrogada pelo Ministério da Saúde por conta da baixa adesão.

As doses estão disponíveis em mais de 40 mil pontos de vacinação. A meta é imunizar 95% do público-alvo, formado por 14,3 milhões de crianças menores de 5 anos.

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Crianças de 1 a 4 anos devem receber uma dose da VOP (Vacina Oral Poliomielite), desde que já tenham recebido as três doses da VIP (Vacina Inativada Poliomielite) previstas no esquema básico. Até o último sábado (24), 6 milhões de doses contra a pólio haviam sido aplicadas durante a campanha.

Desde 2016, a cobertura vacinal contra a poliomielite está abaixo de 95%, o índice recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). No ano passado, menos de 70% das crianças foram vacinadas, segundo informações do DataSUS.

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Doença

Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar adultos e crianças por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes. 

Nos casos graves, em que acontecem paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A vacinação é a única forma de prevenção.

Desde 1989, não há registro de infectados no Brasil, e em 1994 o país recebeu o certificado de erradicação emitido pela Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde).

No entanto, em entrevista ao R7 em agosto deste ano, o diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Renato Kfouri, ressaltou que a ausência de infectados não significa que o vírus parou de circular no mundo.

"Conseguimos reduzir os casos mundialmente em mais de 97%, 99%. Atualmente, sobraram só dois países com pólio, o Afeganistão e o Paquistão. Mas, a despeito de a gente ter conseguido praticamente eliminar a doença do planeta, ela não acabou, e o vírus circula por aí", diz Kfouri.

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