Aumenta o número de brasileiros que admitem dirigir embriagados
Pesquisa mostra que a capital em que as pessoas mais afirmaram ter o hábito no país é Palmas; consumo excessivo de álcool cresce entre mulheres
Saúde|Giovanna Borielo, do R7*
Aumenta o número de brasileiros que admite dirigir após consumir bebidas alcoólicas, segundo pesquisa Vigitel (Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (1º).
O estudo mostrou que 6,7% dos brasileiros afirmam manter este hábito, considerado ilegal no país.
Os homens admitem mais o comportamento do que as mulheres: 11,7% e 2,5%, respectivamente.
A pesquisa entrevistou mais de 53 mil pessoas acima de 18 anos, nas 26 capitais e o Distrito Federal, por telefone entre fevereiro e dezembro de 2017.
Com base nas entrevistas, a pesquisa concluiu que a frequência das pessoas que dirigem embrigadas aumentou 16% em dez anos — entre 2011 e 2017, segundo divulgado pelo Ministério da Saúde.
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O estudo mostrou que a capital onde as pessoas mais admitem que dirigem bêbadas é Palmas (16,1%). Por outro lado, onde elas menos admitem é Recife (2,9%). O índice em São Paulo foi de 6,7%.
A maior prevalência em quem o motorista assume a imprudência foi observada entre a faixa etária de 25 a 34 anos (10,8%) e pessoas com ensino médio completo (11,2%).
Consumo excessivo de álcool cresce entre mulheres
Em relação ao abuso de ingestão de bebidas alcoólicas, houve um aumento de 11,5% entre 2006 (para 15,7% do total) e 2017 (para 19,1% do total), segundo o estudo. Para os pesquisadores, foi considerado consumo excessivo de álcool a ingestão de quatro ou mais doses de bebidas alcoólicas para mulheres e cinco ou mais doses para homens, em uma mesma ocasião, dentro dos últimos 30 dias.
De acordo com a pesquisa, o crescimento do consumo excessivo de álcool foi observado em todos os estratos, com exceção da faixa etária de jovens adultos, entre 18 e 24 anos, que se manteve estável de 2006 a 2017. Entre os níveis de escolaridade, só houve aumento entre os que concluíram o ensino médio, entre os demais, também se manteve estável.
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O Distrito Federal lidera o consumo excessivo de álcool (25,7%) e Manaus apresenta a menor taxa (13,7%). Os homens se mantêm prevalentes (27,1%) em comparação às mulheres (12,2%), mas o consumo entre as mulheres subiu de 7,8% em 2006 para 12,2% em 2017.
De acordo com os Dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), mais de 32 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito no último ano, uma queda de 13% em relação a 2016.
*Estagária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini