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Bactéria que come carne humana ataca dois homens nos EUA

Micro-organismo de água salgada penetra a pele por meio de cortes ou picadas de inseto, levando à infecção e possível perda dos membros e morte

Saúde|Deborah Giannini, do R7

O norte-americano Barry Briggs quase perdeu o pé ao ser infectado por bactéria
O norte-americano Barry Briggs quase perdeu o pé ao ser infectado por bactéria

Uma bactéria que come carne humana atacou dois homens na Flórida. A primeira vítima foi Barry Briggs que teve o pé infectado depois de entrar na água em Weedon Island Preserve, em Tampa Bay. A segunda é Mike Walton. No caso dele, a bactéria penetrou a pele por meio de um corte na mão, feita acidentalmente pelo anzol enquanto ele pescava no Golfo do México.

As infecções se espalharam rapidamente. Na mesma noite, Briggs pensou que fosse queimadura de sol, pois seu pé estava excessivamente vermelho. Mas durante a magrudada, uma dor latejante o acordou. "Minha pressão arterial chegou a 65/40", relatou à WKBN, afiliada da rede norte-americana de TV CNN.

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No hospital, seu pé começou a ficar preto. "Todo o meu pé estava preto e a infecção estava subindo pela minha canela. Estava ficando preto cerca de uma polegada por hora", afirmou Briggs.


Segundo ele, os médicos disseram que não sabiam se conseguiriam salvar seu pé, que estava "morrendo". Ele havia contraído fasceíte necrotizante, segundo a página do Facebook Barry's Medical Updates.

Trata-se de uma infecção rara, mas, se não tratada, pode levar à morte. A bactéria penetra no corpo por meio de rupturas na pele, que podem ser arranhões, cortes e até picadas de insetos. Ela impede a circulação sanguínea, fazendo com que o tecido morra e a pele se decomponha, podendo resultar na perda dos membros.


Briggs afirmou à CNN que não se lembra de ter sido arranhado ou mordido por inseto e seus médicos não encontraram nenhuma evidência de corte em sua pele.

A fasceíte necrotizante pode ser causada por alguns tipos de bactérias, entre elas, a Streptococcus do grupo A, Klebsiella, Clostridium, Escherichia coli e Staphylococcus aureus, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo dos Estados Unidos. A mais frequente é a Streptococcus do grupo A.


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De acordo com o Departamento de Saúde da Flórida, no ano passado, foram registrados 42 casos e 9 mortes no Estado em decorrência da bactéria.

A bactéria carnívora pode estar presente em qualquer oceano, mas prefere locais com menos sal, sendo mais comum em Tampa, po exempo. É mais frequente de março a dezembro.

"Estou incrivelmente feliz por manter todos os meus dedos e meu pé estar vivo", relatou Briggs à CNN.

Segundo a reportagem, os cirurgiões tiveram que remover a pele morta para combater a bactéria e usar pele da coxa para compensar os danos.

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Já Walton foi internado com uma crescente bolha negra na mão. Segundo a CNN, os médicos informaram que a infecção estava se espalhando rapidamente e que ele poderia perder o braço. Ele passou por uma cirurgia e está em tratamento com antibióticos.

Mesmo com tratamento, a fasceíte necrosante mata 1 em cada 3 pessoas que a desenvolvem. Pode levar à sepse e falência de órgãos, de acordo com o CDC. Pessoas com o sistema imunológico debilitado têm mais risco de contrair as bactérias.

É possível contrair superbactéria ao comer carne:

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