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Calor, ar seco e mudanças bruscas de temperatura afetam vias aéreas

Condições climáticas podem resultar em inflamação do aparelho respiratório, que causa tosse, bronquioespasmo e outros problemas; saiba como se cuidar

Saúde|Do R7

Calor, ar seco e mudanças no clima afetam vias áereas
Calor, ar seco e mudanças no clima afetam vias áereas

O tempo seco e as altas temperaturas que tomaram conta do Brasil nos últimos dias, além de incomodarem fisicamente, também podem causar alguns problemas de saúde, principalmente nas vias aéreas.

O pneumologista Elie Fiss, do hospital Oswaldo Cruz, afirma que, no calor, as pessoas perdem mais líquido, tanto pela transpiração quanto pela respiração, o que pode resultar em desidratação. Com o ar seco o quadro fica pior.

"A umidade relativa do ar abaixo de 30% causa irritação nas vias aéreas, olho seco, nariz seco, brônquio seco. O aparelho respiritório inflama e, com a inflamação, pode aparecer tosse, bronquioespasmo, bronquite", explica. "Pessoas que têm asma correm mais riscos, pois podem ter crises. As pessoas se esquecem que a asma tem óbitos no brasil, cerca de 3 a 5 mortes por dia".

O otorrinolaringologista Fausto Nakandakari, do Hospital Sírio Libanês, ainda ressalta sintomas como irritação (vermelhidão e coceira) nos olhos, garganta e nariz, além de sangramento nasal, e chama a atenção para um outro problema: a poluição do ar. "Principalmente nas grandes cidades. Com a poluição, a gente tem um aumento das doenças respiratórias agudas, tais como as doenças infecciosas e alérgicas", afirma.


Mudanças bruscas na temperatura também são um problema

Em São Paulo, por exemplo, os termômenos registraram temperaturas acima dos 35 graus nos últimos dias, mas, com a chegada de uma frente fria, devem sofrer uma mudança radical no fim de semana. Isso também é um problema para a saúde.


"Quando a gente fala em queda brusca da temperatura, além das doenças alérgicas, os cuidados maiores são com as doenças infecciosas. Nesse sentido, é bom evitar que pessoas que estejam doentes,espirrem perto, tussam perto. É importante e sempre lavar as mãos e evitar o compartilhamento de copos e talheres", orienta o dr. Fausto Nakandakari.

Como se cuidar?


Dicas como manter uma bacia de água no quarto, utilizar umidificador de ar e beber muita água, por exemplo, realmente funcionam. Mas há outras medidas que podem ajudar. "Aplicar soro fisiológico no nariz e nos olhos e manter sempre a pele hidratada são cuidados importantes, bem como evitar praticar exercícios físicos nos horários mais quentes", diz o pneumologista.

O otorrino Nakandakari afirma que medicamentos, como corticoides nasais e orais, também podem ser utilizados. "Porém, é imprescindível a avaliação de um especialista antes", alerta.

Quando é a hora de procurar um médico?

"A partir do momento em que o paciente tem tosse, chiado, falta de ar, tontura, mal estar e sangramento nasal tem de procurar um pronto socorro", diz dr. Elie Fiss.

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