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Como funciona a desobstrução de artéria a que Galvão foi submetido

Narrador foi internado em Lima, nesta quinta-feira, após se sentir mal e teve que passar por um procedimento de angioplastia

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Narrador tem 69 anos e viajou a Lima a trabalho
Narrador tem 69 anos e viajou a Lima a trabalho

O procedimento de emergência a que o narrador Galvão Bueno foi submetido, em Lima, no Peru, nesta quinta-feira (21), tem como objetivo desobstruir uma artéria do coração que esteja interrompendo o fluxo adequado de sangue. 

Isso ocorre pela formação de placas de gordura (arteriosclerose) na parede dos vasos. 

Galvão, que tem 69 anos, viajou ontem a Lima para narrar o jogo da final da Libertadores, entre Flamengo e River Plate, no sábado. Nesta quinta-feira, sentiu-se mal e foi levado à clínica Anglo-Americana, no bairro de Miraflores. A equipe médica deve divulgar um boletim sobre o estado de saúde dele nas próximas horas. 

O cardiologista Fernando Costa, Diretor de Promoção de Saúde da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), explica que o cateterismo cardíaco é um exame usado para detectar eventuais obstruções nas veias e artérias do coração.


"Um cateter é levado até as coronárias e é injetado um contraste iodado, que faz o desenho das coronárias. Se existir anormalidades, desde obstrução parcial ou até total, faz-se o diagnóstico da doença arterial coronariana."

Em casos de emergência, quando o paciente chega ao hospital com queixa de dor no peito e outros sintomas, a desobstrução é feita logo em seguida: a angioplastia.


"A angioplastia é um balão que coloca na artéria, faz a expansão, essa lesão desaparece e implanta um stent para melhorar a performance dessa angioplastia."

O stent é uma espécie de tubo, colocada na artéria obstruída para impedir que o fluxo de sangue volte a ser interrompido.


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A angioplastia é feita, muitas vezes, antes que haja um infarto (perda de tecido e capacidade do coração pela falta de irrigação sanguínea), acrescenta o cardiologista.

"No Brasil este ano morrerão mais de 400 mil pessoas por doença cardiovascular, sendo que mais de 130 mil morrerão por infarto agudo do miocárdio; de 600 mil a 700 mil pessoas sobreviveram, e uma parcela muito grande desses que sobreviveram foi graças à angioplastia."

Costa afirma que a recuperação de um paciente após a desobstrução de uma artéria é de poucas semanas.

"Tem que tomar medicamentos, ficar em repouso, reduzir o colesterol e outros fatores de risco, se houver, como cigarro, controlar diabetes, pressão alta e reduzir o estresse."

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