Dengue: DF teve maior índice de incidência do país em 2024 e registrou 440 mortes
Na primeira semana de 2025, a capital registrou diminuição de 97,6% dos casos do mesmo período do ano anterior, que teve 8.228
Saúde|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O último ano registrou recordes históricos de casos prováveis e de óbitos confirmados de dengue em todo o país. No Distrito Federal não foi diferente. E a capital do país manteve a liderança no ranking de coeficiente de incidência da doença, finalizando o ano com mais de 9.900 casos por 100 mil habitantes.
Entre janeiro e dezembro de 2024, foram 284.278 casos prováveis registrados, segundo a SES (Secretaria de Saúde).
Desses, 440 pessoas morreram, enquanto cinco óbitos estão sob investigação. Esse número cresceu mais de 18 vezes se comparado com 2023, que atingiu a marca de 24 mortes confirmadas pela doença.
Ceilândia foi a região administrativa com o maior número de casos absolutos, acumulando mais de 34 mil. Samambaia, Santa Maria, Taguatinga e Gama seguem a lista. As cinco regiões concentraram 35,73% dos casos prováveis de todo o DF.
Quando se trata de taxa de incidência, Brazlândia ficou com o primeiro lugar, acompanhado do Varjão e Santa Maria.
Na primeira semana de 2025, até 4 de janeiro, o Distrito Federal registrou 206 casos prováveis da doença, o que significa uma diminuição de 97,6% dos casos do mesmo período do ano anterior, que teve 8.228.
Promessa de reforço no combate à dengue
“Apesar de nós termos um panorama diferente do ano passado, não podemos recuar nem 1 centímetro nas ações de combate à dengue”, disse a governadora em exercício, Celina Leão, na terça-feira (7).
Ela afirma que a diminuição de casos está relacionada com as ações do GDF (Governo do DF), que atuou com tendas de hidratação, contratação de agentes de vigilância ambiental e investimentos em novas tecnologias.
Durante 2024, o GDF recolheu em 2024 um milhão de toneladas de lixo de descarte irregular, realizou 21 mil ações fiscais e aplicou R$ 4 milhões em multas para pessoas reincidentes na prática.
Celina pontuou que, além do trabalho do governo, é preciso de apoio da população no combate à doença. “O foco da dengue continua sendo dentro das residências, e nesse momento de chuvas temos que ter uma atenção redobrada, principalmente sobre o descarte de lixo”, esclarece.