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Diretor da OMS espera que emergências globais por Covid e mpox acabem no próximo ano

Para Tedros, a queda no número de casos das duas doenças traz 'motivos de esperança'; decretos serão revistos em janeiro de 2023

Saúde|Do R7

Emergência internacional dos dois casos será reavaliada em janeiro de 2023
Emergência internacional dos dois casos será reavaliada em janeiro de 2023

As emergências internacionais declaradas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2020, para a Covid-19, e em 2022, para a mpox (novo nome da varíola do macaco), "podem em breve deixar de ser uma emergência global prioritária" disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Um ano atrás, a variante Ômicron matava 50 mil pessoas por semana, e na semana passada havia menos de 10 mil, um número que ainda é excessivo mas marca uma boa bandeja", disse Tedros em entrevista coletiva para revisar o trabalho da OMS em 2022.

No entanto, "o coronavírus não vai desaparecer, vai permanecer, e os países tenderão a aprender a administrá-lo junto com outros problemas respiratórios, como a gripe", disse Tedros, que também avaliou que a queda de 90% dos casos de mpox convida ao otimismo em relação ao fim próximo dessa crise sanitária.

"Percorremos um longo caminho, e a situação agora está significativamente melhor, por isso o mundo está se abrindo novamente. Mas o vírus [causador da Covid] veio para ficar, é quase parte da nossa família, e a chave é como fazer para administrá-lo", apontou Tedros.


"Sabemos melhor, temos ferramentas, como vacinas, tratamentos e, o mais importante, agora temos imunidade da população, tanto pela vacina quanto naturalmente [pelas pessoas que passaram pela doença]", acrescentou.

"O levantamento da emergência internacional [pela Covid] está nas nossas mãos. Trata-se de garantir a proteção dos grupos de risco, como os idosos e as populações vulneráveis", complementou o diretor.


Os critérios para decidir se a pandemia de Covid deve ser uma emergência internacional serão analisados ​​em janeiro na próxima reunião do comitê de especialistas que se reúne trimestralmente desde 2020 para analisar a evolução da crise sanitária, segundo Tedros.

O responsável máximo da OMS ressaltou que, apesar de tanto a crise da Covid como a da mpox estarem diminuindo em número de casos, o mundo ainda enfrenta inúmeros desafios sanitários. Como exemplo, ele referiu os surtos de cólera atualmente declarados em 29 países, incluindo o que matou 280 pessoas no Haiti.


"Até o ano de 2023 há motivos de esperança, mas também muito com o que se preocupar, e nesse sentido a OMS continua empenhada com os países-membros na construção de um futuro mais seguro e garantido para as populações", sublinhou.

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