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Ocupação dos leitos de UTI para Covid cresce em quase todo o Brasil

Maior parte do país tem mais de 60% das vagas em uso, segundo monitoramento da Fiocruz; veja a situação no seu estado

Saúde|Do R7

Fiocruz fala em "interiorização" da atual onda de Covid-19 no país
Fiocruz fala em "interiorização" da atual onda de Covid-19 no país

O mês de fevereiro começou com recordes de novos casos de Covid-19 em todo o Brasil, e o reflexo disso já pode ser observado nos hospitais de alguns estados.

O boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) desta semana mostra que a maioria das unidades da federação está com percentuais acima de 69% de ocupação dos leitos de UTI destinados a pacientes infectados pelo coronavírus. Veja os dados completos no mapa abaixo.

Mato Grosso do Sul é o estado que se encontra na pior situação, com 103% das vagas ocupadas. Estão acima de 80% — portanto, em situação crítica — Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Amazonas, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Espírito Santo.

Outros dez estados estão no que a Fiocruz classifica como risco médio, com ocupação dos leitos de UTI variando entre 62% (Rio de Janeiro) e 78% (Tocantins).


A situação é bem diferente daquela verificada na primeira semana de janeiro, quando 22 unidades da federação estavam em situação normal (ocupação abaixo de 60%). Quatro se encontravam em alerta médio e uma (Roraima) não havia divulgado os dados.

Os pesquisadores da Fiocruz alertam para o avanço de casos de Covid-19 para cidades menores e, consequentemente, com menor estrutura hospitalar para atender uma eventual explosão de pessoas doentes.


"O comportamento das taxas em estados e capitais parece apontar, em alguma medida, para a interiorização de casos de Covid-19 pela variante Ômicron, com algumas capitais já apresentando mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos estados ainda crescem mais expressivamente."

As taxas de ocupação atuais, todavia, devem ser vistas com algumas ressalvas, já que houve remanejamento de leitos ociosos de Covid-19 para pacientes com outras doenças ou até mesmo para os de síndrome pós-Covid.


O grupo, por fim, faz um alerta para a baixa cobertura vacinal em algumas localidades do país.

"Há ainda, entretanto, uma proporção considerável da população que não recebeu o reforço e, desse modo, é suscetível a formas mais graves da infecção pela Ômicron, e, principalmente, há uma parte da população não vacinada e, portanto, muito mais suscetível."

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