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Primeiras vacinas contra varíola do macaco devem chegar ao Brasil em setembro, diz Ministério da Saúde

País segue recomendação da OMS de não fazer vacinação em massa contra a doença, afirma secretário de Vigilância em Saúde

Saúde|Do R7

Vacinas são fabricadas pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic
Vacinas são fabricadas pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic Vacinas são fabricadas pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic

As primeiras vacinas contra a varíola do macaco (monkeypox) devem chegar ao Brasil em setembro, afirmou nesta sexta-feira (29) o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.

Os imunizantes são fabricados pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic e serão adquiridos pelo governo brasileiro por meio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

Medeiros disse que serão cerca de 21 mil doses em setembro e outras 29 mil em novembro, "ou vice-versa".

A estratégia de imunização adotada pelo Brasil será a mesma recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), não havendo nenhuma perspectiva, neste momento, de vacinação em massa.

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"A OMS não preconiza uma vacinação em massa. Então, a gente não está falando em campanha de vacinação, como nós falávamos, por exemplo, para Covid-19. São vírus absolutamente distintos, é uma clínica absolutamente distinta, um contágio diferente, uma letalidade...", explicou o secretário em entrevista coletiva nesta tarde. 

Os imunizantes serão direcionados a profissionais de saúde que tenham contato com amostras de lesões de pacientes e também com contato próximo de pessoas com diagnóstico da doença.

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A vacina não possui registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas Medeiros lembrou que o órgão regulador criou uma força-tarefa nesta semana.

O grupo tem como objetivo "acompanhar, avaliar e atuar nos procedimentos para anuência em pesquisas clínicas e autorização de produtos de terapia avançada, medicamentos e vacinas para prevenir, tratar ou aliviar sintomas" da doença. 

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O secretário afirmou que a Bavarian Nordic não tem atualmente condições de fornecer grandes quantitativos de vacinas. 

Outra vacina que poderia ser usada é a ACAM2000, produzida pela farmacêutica francesa Sanofi Pasteur.

Todavia, o Ministério da Saúde preferiu não investir nesse imunizante por ser de vírus replicante.

"Depois da aplicação, forma-se uma pequena bolha, que tem o vírus. Não é a melhor plataforma de aquisição", disse Medeiros.

Os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, onde as duas vacinas estão aprovadas, ressaltam que "há uma oferta maior de ACAM2000, mas essa vacina não deve ser usada em pessoas que têm certas condições de saúde, como sistema imunológico enfraquecido, doenças de pele como eczema ou outras condições esfoliativas da pele ou gravidez".

Varíola do macaco no Brasil

O Brasil contabiliza nesta sexta-feira 1.066 casos confirmados de varíola do macaco, sendo o sexto país do mundo em número de diagnósticos. Outros 513 casos suspeitos aguardam o resultado de exames. 

Medeiros afirmou que o perfil epidemiológico da doença se mantém semelhante ao observado em outros países. 98% dos pacientes são HSH (homens que fazem sexo com homens), com idade média de 33 anos e brancos. 

"O perfil epidemiológico que nós descrevemos aqui no Brasil é comum ao de todos os países neste surto. Isso não quer dizer que ele [HSH] seja o único grupo de risco, porque o contato se dá por contato de pele, por contato íntimo", ponderou. 

Em São Paulo, por exemplo, três crianças foram diagnosticadas com a doença, informou a prefeitura. 

A primeira morte por monkeypox fora do continente africano foi registrada na quinta-feira (28), em Minas Gerais, e divulgada pelo Ministério da Saúde hoje.

O paciente era um homem de 41 anos com imunossupressão que fazia tratamento de câncer (linfoma). 

O que intriga a ciência sobre a varíola do macaco

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