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Reino Unido descobre 'descendente' da variante Delta

Pesquisadores estudam se esta pode ser a versão mais transmissível já encontrada do vírus causador da Covid-19

Saúde|Do R7

Pesquisador ressalta que variante pode estar associada a "fenômeno demográfico"
Pesquisador ressalta que variante pode estar associada a "fenômeno demográfico" Pesquisador ressalta que variante pode estar associada a "fenômeno demográfico"

O governo britânico confirmou nesta terça-feira que "acompanha de perto" o surgimento de uma "descendente" da variante Delta do coronavírus, que pode ser entre 10% e 15% mais transmissível do que esta, que já é duas vezes mais contagiosa que o Sars-CoV-2 original.

Especialistas a chamaram de AY.4.2 e alertam que sua frequência aumentou no Reino Unido, onde agora pode ser responsável por quase 10% dos novos casos de Covid-19, explicaram dois especialistas ao jornal Financial Times.

Sua prevalência, acrescentaram, está aumentando rapidamente, mas não tão rápido quanto a primeira Delta, depois de migrar da Índia para o Reino Unido no início deste ano.

Esta "nova linhagem de Sars-CoV-2" é "descendente" da variante Delta (B.1.167.2) e "tem duas mutações características" na proteína S, "Y145H" e "A222V", o que poderia oferecer vantagens para o vírus para sobreviver, disse no Science Media Center o pesquisador François Balloux, um dos dois especialistas citados pelo jornal.

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Se os testes preliminares forem confirmados, a AY.4.2 pode se tornar a variante mais infecciosa do coronavírus desde o início da pandemia, disse Balloux, diretor do Instituto de Genética da University College London.

"Mas devemos ser cautelosos no momento. O Reino Unido é o único país em que decolou dessa forma, e eu não descartaria que seu crescimento se deva a um evento demográfico fortuito."

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No entanto, é "provável" que a OMS (Organização Mundial da Saúde) a classifique como uma "variante sob investigação", e então atribuiria a ela uma letra do alfabeto grego, disse Balloux.

Ainda assim, ele pediu que as pessoas não "entrem em pânico", porque embora possa ser "um pouco mais transmissível", não será "algo tão desastroso como o que vivemos anteriormente".

Enquanto isso, um porta-voz oficial do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, destacou hoje que as autoridades estão "monitorando de perto" sua evolução e garantiu que "não hesitaremos em tomar as medidas necessárias".

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