Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Reino Unido faz primeiro transplante de órgãos de recém-nascido

Saúde|Do R7

Londres, 20 jan (EFE).- Médicos britânicos realizaram o primeiro transplante dos rins e de células do fígado de uma menina que morreu com seis dias de vida a dois receptores, um procedimento considerado revolucionário no atendimento neonatal. "Estamos satisfeitos de informar que o primeiro transplante de órgãos de um recém-nascido no Reino Unido foi um sucesso e agradecemos a valente decisão da família de doar os órgãos de seu bebê", disse o professor James Neuberger, do Serviço Nacional de Saúde (NHS), que não informou a data do procedimento. Os especialistas afirmaram que há potencial para realizar mais doações de recém-nascidos para salvar vidas. O NHS conta com o chamado registro de Doadores de Órgãos, uma base de dados confidencial com mais de 16 milhões de pessoas. Segundo a lista de espera oficial, atualmente, 15 bebês com menos de dois anos precisam fazer um transplante de órgãos no Reino Unido. De acordo com os médicos, a menina doadora nasceu com a saúde debilitada por falta de oxigenação antes do nascimento. Apesar de a equipe ter tentado reanimá-la, o bebê sofreu um profundo dano cerebral. Em um ato que os profissionais qualificaram como de "generosidade extraordinária", os pais da criança concordaram em doar os órgãos. Segundo os médicos, a cirurgia foi muito difícil e complexa já que os rins nessa etapa da vida medem apenas cinco centímetros. Os rins da pequena recém-nascida foram doados a um paciente com insuficiência renal e em uma cirurgia separada, suas células hepáticas foram transplantadas a um receptor que sofria insuficiência hepática. O NHS não revelou detalhes sobre os receptores, mas explicou que os órgãos neonatais podem ser doados a bebês, crianças e até adultos. Gaurav Atreja, que participou das operações de transplante, disse à "BBC" que "algo positivo poderia ser obtido de uma experiência tão negativa para a família do bebê". "Esperamos que as unidades neonatais de todo o Reino Unido comecem agora a pensar ativamente nesta nobre causa", acrescentou Atreja. EFE rrs/cdr

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.