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Remédio contra malária é esperança em tratamento de novo coronavírus

Pesquisas científicas indicam que a hidroxicloroquina vem se mostrando eficaz em pessoas infectadas com o SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19

Saúde|Ricardo Pedro Cruz, do R7

Estudos apontam que medicamento pode ser eficaz contra coronavírus
Estudos apontam que medicamento pode ser eficaz contra coronavírus

Remédios utilizados há anos no tratamento de prevenção e combate à malária podem ser a esperança na luta contra o novo coronavírus, responsável por causar a doença covid-19.

Diversos estudos científicos ao redor do mundo indicam a possibilidade de medicamentos como a hidroxicloroquina, cloroquina e remdesiver serem administrados de forma eficaz em pacientes infectados com o vírus. Há, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 200 mil pessoas contaminadas em todo o planeta.

A hidroxicloroquina, usada no tratamento da malária desde os anos 1930, tem apresentado os resultados mais promissores contra o SARS-CoV-2. A substância, de acordo com informações do Ministério da Saúde, também é adotada em protocolos de doenças como artrite reumatóide, lúpus e porfiria cutânea tarda.

Nesta quinta-feira (19), o mundo voltou as atenções ao grupo de medicamentos após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que o governo norte-americano trabalha para aprovar em tempo recorde o uso da droga em pacientes diagnosticados com a covid-19. O comunicado aconteceu durante entrevista coletiva na Casa Branca, em Washington.


Hidroxicloroquina

Medicamento é utilizado há 90 anos no tratamento contra malária
Medicamento é utilizado há 90 anos no tratamento contra malária

O sulfato de hidroxicloroquina, também conhecido apenas por hidroxicloroquina, é um medicamento essencialmente “antiartrítico”, que vem sendo utilizado na prevenção da malária — doença grave causada por um parasita e transmitida por meio da picada de mosquito infectado —, há cerca de 90 anos. O medicamento também é adotado no tratamento de quem está doente.


Estudos anteriores a pandemia do SARS-CoV-2 já indicavam que o medicamento era eficaz contra a Sars (síndrome respiratória aguda grave), doença que atingiu a China em 2002 e que pertence ao grupo de coronavírus. A substância chegou a ser substituída de alguns protocolos médicos porque o protozoário parasita plasmodium falciparum, causador da malária, tornou-se resistente à sua ação.

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A hidroxicloroquina é uma droga que regula a resposta do sistema imunológico do corpo diante de uma infecção ou inflamação, sendo usada especialmente para o tratamento de malária, mas também de outras doenças autoimunes como lúpus e artrite severa.


Pesquisadores chineses publicaram um estudo na revista Nature, na quarta-feira (18), que mostrou que a droga foi capaz de “inibir a infecção” provocada pelo novo coronavírus. O procedimento foi realizado por meio de simulação in vitro.

Na França, o Instituto Mediterrâneo de Infecção de Merselha divulgou um estudo com o medicamento, que foi administrado de forma associada a um antibiótico conhecido como azitromicina, e que apresentou “desempenho positivo” em pacientes com infecções pulmonares.

Uma terceira pesquisa, citada por Donald Trump, nesta quinta, que tem entre os responsáveis o orientador Gregory Rigano, do centro de estudos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, vem tentando entender os efeitos da substância no organismo de seres humanos. Para o experimento, eles observaram dois grupos, um que recebeu a hidroxicloroquina e outro que não. O primeiro apresentou resultado eficaz contra as complicações provocadas pelo vírus.

A adoção do remédio, no entanto, ainda precisa ser aprovada pelas autoridades de saúde norte-americanas. Trump, inclusive, chegou a cobrar que a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) agilize os processo para acelerar o desenvolvimento de tratamentos contra o novo vírus.

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