Varíola do macaco: Ministério da Saúde recomenda que grávidas e lactantes usem máscaras
Recomendação também é que esse grupo de mulheres use preservativo nas relações sexuais, já que a doença é transmissível pelo contato íntimo
Saúde|R7, com Agência Estado
O Ministério da Saúde recomendou que grávidas, puérperas — mulheres que deram à luz há pelo menos 45 dias — e lactantes mantenham o uso de máscara em locais fechados como forma de se prevenir da infecção pela varíola do macaco.
A pasta também orienta esse grupo de mulheres a usar preservativo nas relações sexuais, uma vez que a transmissão pelo contato íntimo é apontada como uma das causas do novo surto.
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O alerta para o uso de camisinha vale para o sexo vaginal, oral e anal, diz a nota técnica do ministério. Embora a doença esteja avançando mais rapidamente entre homens que fazem sexo com outros homens, especialistas afirmam que o vírus deve, em breve, se espalhar para outros grupos.
Ainda conforme o documento, gestantes, puérperas e lactantes devem se manter afastadas de pessoas que apresentem febre e lesões cutâneas. Na presença de sintomas suspeitos, elas devem procurar ajuda médica.
Para pacientes sintomáticos, a recomendação é manter isolamento por 21 dias e monitorar os sinais da doença. Em caso de persistência, é preciso fazer novo teste.
Em entrevista coletiva na última quinta-feira (29) da OMS (Organização Mundial de Saúde), a líder técnica de monkeypox para a doença, Rosamund Lewis, afirmou que gestantes são consideradas grupo de risco da varíola do macaco.
De acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças) dos Estados Unidos, não existem muitos dados sobre a infecção por varíola do macaco na gestação, não sendo possível afirmar se as gestantes são mais suscetíveis ao vírus monkeypox ou se a infecção é mais grave na gravidez.
Todavia, há registros de resultados adversos na gravidez, incluindo perda espontânea do bebê e natimorto — criança que nasce morta —, em casos de infecção confirmada por varíola do macaco. Também há relatos de parto prematuro e infecção neonatal.
É importante ressaltar que o vírus pode ser transmitido ao feto durante a gravidez ou ao recém-nascido por contato próximo durante e após o nascimento.
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