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Tecnologia e Ciência
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Abelhas reconhecem rostos humanos, têm sentimentos e são capazes de sonhar, afirma cientista

No livro "What a Bee Knows", professor reúne estudos que demonstram que abelhas são seres sencientes

Tecnologia e Ciência|Sophia Camargo, do R7

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Autor do livro estuda as abelhas há 40 anos
Autor do livro estuda as abelhas há 40 anos

As coloridas abelhas, temidas por sua picada dolorosa e responsáveis pelo processo de polinização, começam a ganhar uma nova faceta graças ao estudo de cientistas que mostram que estes insetos são seres sencientes, capazes de percepções e sensações consideradas como o nível mais básico de consciência.

Lançado em março deste ano, o livro "What a Bee Knows: Exploring the Thoughts, Memories and Personalities of Bees" (O que uma Abelha Sabe: Explorando os Pensamentos, Memórias e Personalidades das Abelhas, em tradução livre - ainda sem edição em português), revela que as abelhas são capazes de demonstrar emoções sofisticadas, têm um limitado nível de consciência e podem até sonhar. 

Capacidade de reconhecer rostos

Escrito pelo entomologista Stephen Buchmann, professor das cadeiras de Entomologia, Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade do Arizona, que se dedica ao estudo destes pequenos animais há quarenta anos, o livro reúne diversos estudos que concluem que as abelhas são capazes de demonstrar emoções geralmente associadas aos mamíferos, como otimismo, frustração e medo.

Estes insetos também podem reconhecer diferentes rostos humanos e até experimentar sintomas semelhantes ao estresse pós-traumático. Além disso, os estudos indicam que elas processam memórias de longo prazo durante o sono e eventualmente podem até sonhar.

Embora seus cérebros sejam incrivelmente pequenos – apenas um milhão de neurônios em comparação com os 100 bilhões dos humanos – as abelhas têm habilidades notáveis ​​para navegar, aprender, comunicar e lembrar.

Da colmeia à polinização: conheça 7 curiosidades sobre as abelhas

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As abelhas são insetos conhecidos pela produção de mel, mas as atividades delas vão muito além disso. Muito importantes para a polinização, elas são indispensáveis para a produção de alimentos e também para o equilíbrio da natureza *Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
Quanto tempo vivem as abelhas? O tempo de vida das abelhas depende muito da espécie delas, mas, de maneira geral, esses insetos vivem em torno de 30 a 45 dias nas épocas de trabalho e safra. No período entressafra, podem viver até cinco meses
Quantas abelhas vivem em cada colônia? De acordo com André Sezerino, engenheiro-agrônomo especialista em apicultura, cada colmeia pode ter entre 80 mil e 90 mil abelhas, somadas as operárias, os zangões e também as abelhas-rainhas. No inverno, segundo ele, esse número pode diminuir devido à escassez de alimentos
O papel da abelha-rainha na colônia "A função da rainha é manter a ordem social, fazendo com que as operárias realizem os trabalhos dentro e fora das colmeias, e também colocar ovos para que a colônia se desenvolva", afirma o pesquisador da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina)
Todas as abelhas ferroam? Entre as abelhas que têm ferrão, as Apis mellifera, apenas as operárias ferroam os humanos. De acordo com Sezerino, as rainhas utilizam o ferrão apenas para brigar com outras rainhas e para botar os ovos
Os zangões, por outro lado, não têm ferrão, e a função deles é quase que exclusivamente fecundar as abelhas-rainhas das colônias
Número de espécies desses insetos no Brasil e no mundo O Brasil tem cerca de 300 espécies de abelha, a maioria delas sem ferrão, sendo o país que apresenta a maior biodiversidade desses insetos. No mundo, estima-se que existam cerca de 20 mil espécies de abelha
Importância das abelhas para a polinização "A maior função das abelhas é fazer a polinização, que no caso é chamada de melitofilia. Mais de 80% das árvores tropicais necessitam de polinização cruzada feita por esses insetos para sobreviver, ou seja, o pólen precisa sair da flor de uma árvore e ir até a flor de outra para essa planta virar uma fruta", destaca o especialista
André completa informando que cerca de 70% dos alimentos que consumimos dependem da polinização feita pelas abelhas para ser produzidos. "As maçãs, por exemplo, dependem 90% desses insetos para ser produzidas"
O que é apicultura e meliponicultura? A apicultura é a atividade para criar abelhas com ferrão, enquanto a meliponicultura é a criação de abelhas sem ferrão, conhecidas como meliponíneas
"A importância das duas atividades diz respeito à biodiversidade. A gente consegue, por meio da criação e do uso sustentável delas, fazer com que essas abelhas mantenham a variabilidade genética para que não desapareçam da natureza", enfatiza o especialista em apicultura com ênfase em polinização dirigida para a fruticultura

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As abelhas são insetos conhecidos pela produção de mel, mas as atividades delas vão muito além disso. Muito importantes para a polinização, elas são indispensáveis para a produção de alimentos e também para o equilíbrio da natureza *Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
Quanto tempo vivem as abelhas? O tempo de vida das abelhas depende muito da espécie delas, mas, de maneira geral, esses insetos vivem em torno de 30 a 45 dias nas épocas de trabalho e safra. No período entressafra, podem viver até cinco meses
Quantas abelhas vivem em cada colônia? De acordo com André Sezerino, engenheiro-agrônomo especialista em apicultura, cada colmeia pode ter entre 80 mil e 90 mil abelhas, somadas as operárias, os zangões e também as abelhas-rainhas. No inverno, segundo ele, esse número pode diminuir devido à escassez de alimentos
O papel da abelha-rainha na colônia "A função da rainha é manter a ordem social, fazendo com que as operárias realizem os trabalhos dentro e fora das colmeias, e também colocar ovos para que a colônia se desenvolva", afirma o pesquisador da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina)
Todas as abelhas ferroam? Entre as abelhas que têm ferrão, as Apis mellifera, apenas as operárias ferroam os humanos. De acordo com Sezerino, as rainhas utilizam o ferrão apenas para brigar com outras rainhas e para botar os ovos
Os zangões, por outro lado, não têm ferrão, e a função deles é quase que exclusivamente fecundar as abelhas-rainhas das colônias
Número de espécies desses insetos no Brasil e no mundo O Brasil tem cerca de 300 espécies de abelha, a maioria delas sem ferrão, sendo o país que apresenta a maior biodiversidade desses insetos. No mundo, estima-se que existam cerca de 20 mil espécies de abelha
Importância das abelhas para a polinização "A maior função das abelhas é fazer a polinização, que no caso é chamada de melitofilia. Mais de 80% das árvores tropicais necessitam de polinização cruzada feita por esses insetos para sobreviver, ou seja, o pólen precisa sair da flor de uma árvore e ir até a flor de outra para essa planta virar uma fruta", destaca o especialista
André completa informando que cerca de 70% dos alimentos que consumimos dependem da polinização feita pelas abelhas para ser produzidos. "As maçãs, por exemplo, dependem 90% desses insetos para ser produzidas"
O que é apicultura e meliponicultura? A apicultura é a atividade para criar abelhas com ferrão, enquanto a meliponicultura é a criação de abelhas sem ferrão, conhecidas como meliponíneas
"A importância das duas atividades diz respeito à biodiversidade. A gente consegue, por meio da criação e do uso sustentável delas, fazer com que essas abelhas mantenham a variabilidade genética para que não desapareçam da natureza", enfatiza o especialista em apicultura com ênfase em polinização dirigida para a fruticultura

As abelhas são insetos conhecidos pela produção de mel, mas as atividades delas vão muito além disso. Muito importantes para a polinização, elas são indispensáveis para a produção de alimentos e também para o equilíbrio da natureza *Estagiário do R7 s...

As abelhas são insetos conhecidos pela produção de mel, mas as atividades delas vão muito além disso. Muito importantes para a polinização, elas são indispensáveis para a produção de alimentos e também para o equilíbrio da natureza *Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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