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Aceleramos: Volkswagen Jetta com motor 1.4 turbo leva categoria a outro nível de esportividade e consumo

Sedã médio ficou bem mais potente, econômico e seguro, para desafiar 'pelotão' de rivais

Carros|Diogo de Oliveira, do R7

Com motor 1.4 turbo, sedã esbanja desempenho e bebe pouco
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Versão Comfortline passa a ter a sigla TSI, antes exclusiva da top
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O pequeno 1.4 TSI tem 150 cv, 30 cv a mais que o velho 2.0 flex
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Sedã mantém as atualizações de design feitas no início de 2015
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Cabine da versão de entrada Trendline 1.4 turbo automática
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Sedã estreia três centrais multimídia com elevada conectividade
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O momento não é bom para a Volkswagen, tampouco para o Jetta, que foi só o 6º colocado entre os sedãs médios em 2015. Foram 8,7 mil emplacamentos no ano, contra 67,3 mil unidades do líder Toyota Corolla. Claro que os números do modelo da marca japonesa são incomparáveis. O vice Honda Civic, por exemplo, somou 31,2 mil licenciamentos, menos da metade do arquirrival. Mas tais resultados mostram que algo estava errado com o Jetta. E a linha 2016 chega às lojas em fevereiro para desatar os nós. A principal novidade é a o motor 1.4 TSI de 150 cavalos, que aposenta de vez o velho 2.0 flex aspirado (até 120 cv).

Com o novo "coração", o Jetta dá um salto evolutivo enorme. Em desempenho, não há parâmetro. Embora maior em cilindrada, o antigo 2.0 tinha 30 cv e 7,1 kgfm de torque a menos (eram 18,9 kgfm a 4.000 rpm). O 1.4 turbo gera 150 cv e 25,5 kgfm, com torque máximo liberado desde os 1.500 giros. Há dois poréns: o motor menor é movido apenas a gasolina, e não flex, como no Golf nacional; e o câmbio DSG de dupla embreagem e sete marchas foi substituído por uma transmissão automática sequencial de seis marchas — mesma mudança feita no hatch médio. Perde-se a agilidade do câmbio DSG e a liberdade do flex.

Mais prós que contras

Apesar de não ser flex, o novo Jetta 1.4 turbo promete surpreender os fãs e clientes. A Volkswagen conseguiu estabelecer uma relação custo/benefício interessante no sedã, que recebeu outras evoluções de peso. Uma delas é a direção elétrica, antes disponível somente na versão topo de linha Highline, com o potente 2.0 TSI de 211 cv e o câmbio DSG (dupla embreagem) de seis marchas. Agora, todas as configurações do sedã terão a assistência elétrica variável. Outro item importante, que passa a ser padrão, é o controle de estabilidade. Há ainda a nova central multimídia Composition Touch, que estrou no Fox Track.

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Com o motor 1.4 TSI, o Jetta também passa a oferecer o câmbio manual de seis marchas na versão de entrada Trendline (R$ 78.230). Trata-se da mesma caixa manual do Golf, mais moderna que a de cinco marchas dos compactos nacionais. Por falar no hatch médio, o sedã teve "mais sorte" em sua nacionalização. Enquanto o Golf adotou suspensão traseira por eixo rígido nos modelos de entrada, o Jetta manteve o conjunto independente multibraço, que entrega melhor dirigibilidade, equilíbrio e conforto. Além disso, o hatch incorporou o 1.6 MSI flex aspirado (até 120 cv), disponível no trio Gol, Fox e Voyage. E o sedã só terá opções turbo.

Primeira volta

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Analisando friamente as mudanças, fica claro que a intenção da Volkswagen foi refinar o Jetta, para torná-lo a referência da categoria em esportividade, consumo e sofisticação. Os números de desempenho com o pequeno 1.4 turbo são impressionantes: 0-100 km/h em 8,6 segundos, máxima de 203 km/h e consumo de carro popular. Oficialmente, a versão manual faz médias de 11,3 km/l (cidade), 13,9 km/l (estrada) e 12,3 km/l (ciclo misto), enquanto a automática roda 10,4 km/l, 13,8 km/l e 11,7 km/l, na mesma ordem. Até o agressivo Jetta Highline 2.0 TSI surpreende, com médias de 9,4 km/l, 12,5 km/l e 10,6 km/l.

Durante a primeira volta no modelo, a expectativa se converteu em realidade. Quando em percurso misto, o computador de bordo assinalou 11,9 km/l. Já no trecho rodoviário, fez aproximadamente 13,9 km/l, mais que o declarado pela fabricante. Tudo com ótima disposição nas acelerações e retomadas. Quando o novo Golf chegou no Brasil, R7 Carros testou o hatch, que mostrou por que não devemos subestimar os motores 1.4 turbo. Só a título de comparação, o mesmo Jetta Trendline com o 2.0 flex aspirado precisava de 10,6 segundos para chegar aos 100 km/h. São 3 segundos a mais que com o 1.4 TSI.

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Preço por preço, o antigo cobrava um pouco menos (partia de R$ 75.290) e era sempre automático. Só que este "novo" Jetta ganhou direção elétrica, e possui condução ainda mais prazerosa, com elevada precisão nos movimentos e peso adequado em cada situação — é bem leve, por exemplo, nas manobras de estacionamento. Também passa a oferecer o controle de estabilidade, antes restrito ao Highline. E traz de série quatro air bags e sensores de obstáculos dianteiros e traseiros. Um pacote de respeito. Mas como de costume, também possui muitos opcionais. Aliás, varios dos itens mais modernos são pagos à parte.

Neste primeiro contato, aceleramos a versão Comfortline (R$ 83.630). Esta traz assistente de saída em rampas (Hill Assist), faróis e lanternas de neblina, a central Composition Media, com tela maior (6,3 polegadas) e as plataformas MirrorLink, Apple Carplay e Google Android Auto, e o bloqueio eletrônico do diferencial, capaz de frear as rodas internas em curvas, para "anular" ventos laterais e manter o sedã na linha. Entre os opcionais, havia ar-condicionado de duas zonas, a central Discover Media com GPS, comando de voz e sensor de aproximação das mãos, rodas de liga aro 17, sensores de chuva e de luz, e teto solar.

Completíssimo, o Jetta tem preço de carro de luxo, especialmente na configuração top Highline. Em contrapartida, não há hoje no mercado brasileiro rivais à altura em esportividade. O sedã da Volkswagen entrega desempenho entusiasmante com o 1.4 e o 2.0 turbinados. Evidentemente, a versão mais cara acelera mais forte. Mas há a questão da eficiência. Com os combustíveis cada vez mais caros, ter um motor econômico e potente pode ser um grande atrativo em um sedã médio, cujo público tende a ser mais conservador. E tem os itens de segurança. Quer dizer, a marca alemã fez o máximo para o Jetta "bombar". Agora é esperar o resultado.

PREÇOS E VERSÕES

Jetta Trendline 1.4 TSI Manual — R$ 78.230

Jetta Trendline 1.4 TSI Automático — R$ 83.630

Jetta Comfortline 1.4 TSI Automático — R$ 89.750

Jetta Highline 2.0 TSI DSG — R$ 103.990

FICHA TÉCNICA

Volkswagen Jetta Comfortline 1.4 TSI Automático

Motor: 1.4 litro, 16 válvulas, injeção direta, duplo comando variável, turbo, gasolina

Potência: 150 cv entre 4.500 e 5.500 rpm

Torque: 25,5 kgfm entre 1.500 e 4.000 rpm

Câmbio: Automático sequencial Tiptronic, seis marchas

Direção: Assistência elétrica progressiva; tração dianteira

Suspensão: Dianteira independente McPherson, traseira intependente por braços múltiplos

Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira

Rodas e pneus: 225/55 R16

Dimensões: 4,67 metros (comprimento), 1,78 m (largura), 1,47 m (altura) e 2,65 m (entre-eixos)

Peso (ordem de marcha): 1.298 kg

Tanque de combustível: 55 litros

Capacidade do porta-malas: 510 litros

Garantia: 3 anos

Preço completo: R$ 89.750

DESEMPENHO

Aceleração 0-100 km/h: 8,6 segundos

Velocidade máxima: 203 km/h

PRINCIPAIS OPCIONAIS

Ar-condicionado de duas zonas, retrovisor interno eletrocrômico, central Discover Media com comando de voz, revestimento em couro nos bancos, rodas de liga leve aro 17, sensores de chuva e de luz, chave inteligente (Kessy) com partida do motor por botão e abertura e travamento das portas por aproximação, função coming & leaving home (mantém faróis acesos por alguns segundos), teto solar.

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