Na manhã de terça-feira (19), policiais civis do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde de Curitiba prenderam a chefe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um dos mais importantes hospitais do Paraná. A médica Virgínia Helena Soares de Souza, de 56 anos, é suspeita de antecipar a morte de pacientes internados na unidade. As investigações começaram há um anos, após denúncias de funcionários do próprio hospital
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Virgínia chefiava, desde 2006, a UTI geral do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba. O setor fica no quarto andar do prédio, local em que a vigilância sanitária encontrou, em 2012, cinzeiros com cinzas e também bitucas de cigarro. Em nota, o Hospital Universitário Evangélico disse que abriu sindicância interna para apurar os fatos, que reconhece a competência profissional de Virgínia e que até o momento desconhece qualquer ato técnico dela que tenha ferido a ética médica. Toda a equipe do setor foi trocada
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Em nota divulgada, a médica se diz vítima de ex-funcionários. O filho dela, Leonardo Marcelino, e o advogado Elias Mattar Assad, disseram que tudo é um grande erro da polícia e que as denúncias são baseadas em depoimentos e não em provas. Somente no dia em que eles falaram isso, na sexta-feira (22), cerca de 30 parentes de pessoas que morreram na UTI do Hospital Evangélico procuraram a polícia
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Apesar de estar na UTI do hospital desde 1998 e chefiar o setor há sete anos, Virgínia não era especialista na área. Segundo a polícia, quem assinava por ela como chefe da UTI era outro médico. A Justiça decretou a prisão preventiva dela, ou seja, por tempo indeterminado. O advogado da médica disse que pretende entrar, na segunda-feira (25), com um pedido de liberdade
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No sábado (23), a Justiça expediu quatro mandados de prisão para três médicos e uma enfermeira, que não foi encontrada. Os anestesistas, Edson Anselmo da Silva Júnior,
Maria Israela Boccato e Anderson de Freitas, foram levados à delegacia no mesmo dia
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Os médicos presos negam qualquer conduta antiética e foram orientados pelo advogado de Virgínia a ficarem calados. Foi iniciada uma investigação dentro do hospital, inclusive com membros do Ministério da Saúde, para constatar eventuais irregularidades praticadas pela médica ou por outros profissionais