A Justiça Eleitoral determinou nesta terça-feira (2) a suspensão de uma propaganda da coligação de Paulo Skaf (PMDB), candidato ao governo de São Paulo, e também concedeu direito de resposta ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição. Na peça, o peemedebista diz que a atual gestão manipula boletins de ocorrência de crimes contra policiais militares para impedir que as famílias tenham acesso ao seguro.
A juíza Claudia Lúcia Fonseca Fanucchi considerou que a propaganda é “ofensiva e sabidamente inverídica”. A liminar deferida por ela garante que não seja mais exibida essa peça e concede direito de resposta de um minuto para o candidato tucano, que deverá ser usado no bloco noturno de televisão.
Skaf perdeu um minuto do tempo de televisão
ReproduçãoO vídeo em questão é o depoimento da irmã de um policial militar assassinado. Em um trecho, ela diz:
— O delegado estava alegando no dia que queria registrar como latrocínio porque levaram a arma dele. Só que, assim, a arma de policial, todo mundo sabe que o ladrão leva. Daí eu descobri que o governador e o secretário de Segurança Pública mandam registrar como latrocínio pra família não ter direito ao seguro.
A magistrada ainda acrescentou que a imputação desse tipo de “ato absolutamente impróprio e inadequado, passível de tipificar faltas civis, administrativas e criminais”. Ela destaca documentos apresentados pela coligação do tucano que mostram que o governo e a Secretaria da Segurança Pública autorizaram em 23 de abril deste ano o pagamento da indenização à família do soldado.
De acordo com a decisão, a campanha de Skaf não apresentou provas “de forma segura e definitiva” para sustentar a veracidade da notícia veiculada na propaganda eleitoral. O candidato do PMDB ainda poderá recorrer dessa liminar.