Um dia após proibição de comícios, Skaf sobe em palanque e pede votos
Candidato do PMDB cumpriu agenda nesta sexta-feira em cidades da Grande São Paulo
São Paulo|Ana Ignacio, do R7, enviada a Embu-Guaçu
O candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, cumpre agenda de campanha nesta sexta-feira (3) em cidades da Grande São Paulo. Em visita a Embu-Guaçu, o empresário subiu em um palanque e pediu votos usando um microfone. Segundo a legislação eleitoral, o último dia para a realização de comícios foi a quinta-feira (2), assim como o prazo final para "utilização de aparelhagem de sonorização fixa".
No entanto, apesar da proibição, a lei não define o que caracteriza um comício. Ainda de acordo com a lei eleitoral, encontros públicos também não são mais permitidos nessa fase da campanha. Até sábado (4), podem ser feitas carreatas, caminhadas e uso de alto-falantes para jingles. Questionado sobre a agenda, Skaf disse não estar cometendo nenhum tipo de infração. A campanha e o candidato negaram se tratar de um comício e disseram que o evento foi um "encontro".
— Todos que estavam lá eram militância do partido, não era praça pública. Foi um encontro da militância e aquele palanque já existia lá, não foi feito para aquele encontro.
O candidato foi recebido em uma igreja da cidade com fogos de artifício — prática que não agrada a Skaf, segundo integrantes da campanha. "Mas o pessoal prepara, não tem jeito", disse um militante. Reflexo da intensa agenda de compromissos e aparições públicas que tem feito — intensificadas nesta última semana — Skaf apresentava uma leve rouquidão na voz.
Acompanhado por um de seus filhos, André Skaf, e diversos políticos — entre eles o prefeito da cidade, Clodoaldo Leite da Silva (PMDB), além de vereadores e candidatos a deputado —, Skaf subiu em um palanque para falar sobre a fase final das eleições, onde discursou por cerca de 20 minutos. No local, ele se encontrou com um grupo da terceira idade.
O empresário falou de suas principais bandeiras e propostas, criticou o atual governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), e pediu a colaboração de todos para que as eleições sejam levadas para o segundo turno.
— Falta gestão, falta vergonha na cara — disse sobre o atual governo.
Reunidos no estacionamento da igreja e sob fina garoa, os presentes ouviram o discurso e chegaram a aplaudir em alguns momentos, como quando o candidato criticou a situação da educação na cidade. Skaf falou também sobre seu otimismo com a campanha.
— Precisamos transformar São Paulo. Entrei animado (...), hoje estou convencido que é necessário mudar São Paulo. Falta muito pouco.
Além de falar de suas propostas de governo, o candidato mostrou confiança em um segundo turno — as pesquisas recentes indicam que Alckmin seria reeleito ainda no primeiro turno.
— As nossas [pesquisas] não dizem isso e tem sábado e domingo. Agora eu quero é o resultado das urnas. Eu quero ver o final do dia de domingo, o que o povo de São Paulo vai determinar nas urnas. Tenho muita esperança de que o povo de São Paulo vai querer segundo turno para ampliar a discussão. Eu tenho muita esperança de que São Paulo vai querer um segundo turno e vai abrir os olhos e avaliar bem como as coisas estão e vai querer mudar.
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O empresário passou ainda por Itapecerica da Serra no início da tarde, onde realizou uma caminhada. A agenda devia se estender para Embu das Artes, Taboão da Serra e Grajaú, na capital paulista. O candidato confirmou que o esforço extra nessa fase final é estratégico.
— Tem que arrematar o trabalho. Hoje, amanhã, dentro dos parâmetros legais, o que for possível fazer nós vamos fazer para estar com a consciência tranquila que fizemos tudo que é possível.