Após negar presença e evitar falar sobre o evento do PMDB que ocorrerá em Jales, interior paulista, neste sábado (30), o candidato ao governo pela sigla declarou que deve "dar uma passada" no encontro que terá a presença de Dilma Rousseff (PT). Ele ressaltou, no entanto, que não deve subir no palanque. — Estou indo, passando em uma reunião do PMDB em Jales, amanhã. Não pretendo estar em palanques, nem nada disso. Vou passar, cumprimentar os companheiros e não vou poder demorar porque tenho que ir a Barretos, então vou tentar, no período da manhã, estar nos dois lugares. Desde o início da campanha, Skaf resiste em apoiar a candidatura de Dilma por causa da alta rejeição da presidente em São Paulo. A decisão já gerou mal-estar no partido, já que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) é candidato à reeleição na chapa da petista. Nesta sexta-feira (29), em visita a comunidades carentes próximas ao Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, com tom mais ameno — o candidato parecia, por diversas vezes, irritado com o questionamento sobre sua ida a Jales — admitiu que tentaria conciliar sua agenda, que prevê para sábado uma visita a Barretos, distante mais de 200 km de Jales. No fim da tarde, a ida a Jales já aparecia na agenda oficial do candidato. Questionado sobre a presença de Dilma no evento, Skaf desconversou. — Se eu encontrar a presidente da República em algum lugar, com muito respeito, irei cumprimentá-la. O peemedebista está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos ao governo. O último levantamento do Ibope, divulgado nesta terça-feira (26), indicou um crescimento de nove pontos percentuais de Skaf que figura com 20% das intenções de voto.Periferia A visita desta sexta ocorreu no bairro de Aracati e Cidade Ipava. Acompanhado de integrantes da equipe responsável por seus programas eleitorais, o empresário aproveitou a agenda para gravar imagens que devem ser usadas futuramente em propagandas na TV. No priemeiro bairro, Skaf montou uma roda para conversar com moradores e perguntar sobre as principais demandas da região. Na sequência, o candidato realizou uma breve caminhada pela comunidade acompanhado de apoiadores e terminou a visita ao local jogando bola com algumas crianças. Os meninos, de pés descalços, convidaram o candidato para bater pênaltis em um pequeno campo de terra com traves feitas de bambu. Descontraído, Skaf observou alguns garotos se arriscarem nos chutes e, mesmo usando sapatos sociais, realizou duas cobranças. Em Cidade Ipava, o empresário fez uma breve visita a um Cetro de Convivência de Crianças e Adolescentes. O local é uma ONG que atende, em convênio com a prefeitura, 120 crianças entre 6 anos e 11 meses de idade e 14 anos e 11 meses. Na saída, criticou a falta de acesso a serviços básicos nesses bairros como saúde, saneamento, educação e transporte. — Eu estou procurando conhecer a realidade do nosso estado de São Paulo. Não é aquela realidade que está na propaganda, aquela realidade que faz parte da criatividade e da imaginação do marketing. Existe realmente uma realidade desses bairros onde moram milhões de pessoas e há uma ausência total do Estado. Alckmin Ainda durante a visita a bairros da periferia, Skaf provocou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), seu principal adversário na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. O tucano visitou a estação Vila Prudente da linha 15 do Monotrilho, que será inaugurada neste sábado, ao lado de Aécio Neves (PSDB), candidato à Presidência da República. — Será que o Alckmin contou para o Aécio que esses 3 km levaram cinco anos para serem feitos? Será que ele contou que a linha 15 são 25 km e que foram feitos só três e cinco anos depois, com quatro anos de atraso? Esse trecho até Oratório que foi entregue hoje, o prazo de entrega era 2010. Será que ele contou para o Aécio isso?