Skaf pede apoio de empresários em SP e volta a minimizar discussão sobre alianças partidárias
Candidato ainda não confirmou se irá a evento do PMDB que contará com presença de Dilma
São Paulo|Ana Ignacio, do R7
O candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, buscou o apoio de empresários durante compromissos de campanha nesta quarta-feira (27), em São Paulo. Em dois eventos — seminário Lide (Grupo de Líderes Empresariais) e uma palestra no Rotary Club — o empresário falou sobre suas propostas de governo.
Com discurso firme e confiante — porém repetitivo — Skaf voltou a pontuar que seu foco será educação e mencionou também suas propostas para mobilidade urbana, saúde e segurança pública. Ao final dos dois eventos, pediu o apoio dos presentes na campanha e no governo, caso seja eleito.
— Vou precisar de gente boa [no governo] — disse.
Além disso, Skaf declarou que pretende construir 70 km de transporte sobre trilhos em São Paulo.
— Todas as obras que estão no papel nós vamos fazer virar realidade. Existem projetos entre monotrilhos, metrôs que permitem que a gente faça durante o mandato 70 km. É pegar o que está no papel e fazer virar realidade.
O empresário falou também que prentende acabar com a guerra fiscal, apesar de o projeto não ser incumbência do governo do Estado.
— Vamos acabar com essa guerra fiscal que prejudica a indústria, os setores produtivos e o emprego no Estado de São Paulo. Vamos aprovar a revolução no Senado Federal, que é responsável pelo ICMS interestadual, de forma que acabe definitivamente com a guerra fiscal. [Para isso] você passa o ICMS [imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação] da origem para o destino. Hoje é cobrado no Estado de origem e permite que o Estado de origem dê incentivo àquele ICMS. No momento em que você passa para o destino, o Estado se exime, já não teria mais ICMS como instrumento de incentivo.
Polêmica de palanque
Já há algum tempo Skaf tem enfrentado quase que diariamente questões sobre seu voto para presidente e sobre dividir palanque com Dilma Rousseff uma vez que Michel Temer, presidente nacional do partido é vice-presidente de Dilma, candidata à reeleição. No entanto, a alta rejeição do PT em São Paulo — e da petista no País que, segundo última pesquisa Ibope, divulgada nesta terça-feira (26) é de 36% — tem feito Skaf evitar falar em alianças do PMDB. Constantemente questionado sobre seu voto para presidente, o empresário tem usado a resposta padrão de que “vota com seu partido”.
Nesta quarta-feira (27), quando questionado se irá a Jales neste sábado (30) para participar de um encontro do PMDB que contará com a presença de Dilma, Skaf voltou a minimizar a questão.
— Na verdade, minha agenda muda com uma velocidade tremenda. Nós temos um dia depois do outro e Jales será uma reunião do PMDB, reunião do partido. Se eu puder dar uma passada em Jales.... Tenho uma programação para a Festa do Peão de Barretos, mas não está fechado ainda, de repente pode mudar. Se você quer saber de uma forma mais clara, não é um evento da minha candidatura. Não é um evento da candidatura de nenhum candidato presidente da República. Se fosse, se eu estivesse lá, estaria no palanque. Se fosse meu, eu estaria no palanque. Vamos definir até sexta-feira [a ida a Jales].
Irritado com a insistência de questionamentos sobre a desaprovação de Temer em relação a sua postura sobre o tema — foi citada inclusive uma entrevista que o presidente do PMDB concedeu ao Diário do Grande ABC em que declarou que abandonaria Skaf caso ele não fosse ao evento em Jales —, Skaf encerrou a conversa.
— Isso não existe. Nunca ouvi ele falar isso. Esse “diz que diz”... Para mim, ele nunca falou, e é isso que importa. Falou para você? Tem gravado? Você manda para mim?
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