Eleições 2016: Rio terá 2º turno entre Crivella e Freixo
Pedro Paulo terminou 1º turno em terceiro lugar com 16% dos votos válidos
Rio de Janeiro|Do R7
A cidade do Rio de Janeiro decidirá o novo prefeito no segundo turno. O candidato Marcelo Crivella (PRB) ficou em primeiro lugar com 27,78% dos votos válidos (842.201), seguido de Marcelo Freixo (PSOL), com 18,26% (553.424).
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Em terceiro lugar, ficou o candidato Pedro Paulo (PMDB), apadrinhado pelo atual prefeito Eduardo Paes, com 16,12%.
Flávio Bolsonaro (PSC) ficou em quarto lugar, com 14%, seguido de Indio da Costa (PSD), com 8,99%; Carlos Osório (PSDB) 8,62%; Jandira Feghali (PCdoB), com 3,34%; Alessandro Molon (Rede), com 1,43%; Carmem Migueles (Novo), com 1,27%, e Cyro Garcia (PSTU), com 0,19%.
Thelma Bastos (PCO) não teve seus votos validados devido à sua situação jurídica.
A cidade registrou alto índice de abstenção: 24,28%. Os votos nulos somaram 12,76% e os brancos, 5,5%. Foram computados 3.031.423 votos válidos na capital fluminense.
Crivella x Freixo
Descendente de italianos, Marcelo Crivella (PRB) nasceu em Botafogo, zona sul do Rio, em 1957. Ele é formado em Engenharia Civil pela Universidade Santa Úrsula, em Barra do Piraí. Foi professor universitário e servidor público. Nos anos 90, fez uma missão na África por quase dez anos.
Ao retornar ao Brasil, criou o Projeto Nova Canaã no sertão da Bahia. Evangélico, Crivella só entrou na política em 2002, quando foi eleito senador pelo Estado do Rio de Janeiro com mais de 3 milhões de votos.
Em 2011, foi eleito pela segunda vez para representar o Rio no Senado. Também já foi ministro da Pesca e Aquicultura, entre 2012 e 2014. O candidato é casado com Sylvia Jane, tem três filhos e dois netos.
Marcelo Freixo (PSOL) nasceu em 1967, no bairro Fonseca, em Niterói. Chegou a cursar Economia, mas desistiu da carreira para ingressar no curso de História, na UFF (Universidade Federal Fluminense), aos 21 anos. Na época, começou a dar aulas como voluntário no sistema penitenciário. Freixo foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2006, com 13 mil votos.
Dois anos depois, presidiu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Milícias, que pediu o indiciamento de 226 pessoas e resultou na prisão dos principais chefes desses grupos criminosos. A história serviu como base para o filme Tropa de Elite 2. Devido à atuação nas investigações, o candidato do PSOL sofreu diversas ameaças de morte. Foi eleito deputado estadual outras duas vezes, em 2010 e 2014.
No último pleito para a Prefeitura do Rio, em 2012, ficou em segundo lugar na disputa com 28% dos votos. Atualmente, preside a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).