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Nova Zelândia proíbe armas semiautomáticas após massacre

A premiê Jacinda Ardern espera que a lei esteja pronta no próximo dia 11 de abril. A reforma propõe uma anistia para quem entregar as armas

Internacional|Da EFE

Armas iguais as usadas no massacre estão proibidas no país
Armas iguais as usadas no massacre estão proibidas no país Armas iguais as usadas no massacre estão proibidas no país

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira (21) que seu país proibirá as armas semiautomáticas de estilo militar, as mesmas usadas no ataque supremacista e de extrema-direita na última sexta-feira.

Em um pronunciamento transmitido ao vivo para todo o país, Ardern disse esperar que a nova lei sobre uso de armas esteja pronta no próximo dia 11 de abril, iniciativa que recebeu um amplo apoio popular após o massacre onde 50 pessoas foram mortas, já identificadas pela polícia.

"Agora, seis dias após o ataque, vamos anunciar uma proibição de todos os fuzis de assalto e armas semiautomáticas de estilo militar na Nova Zelândia", disse a governante.

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"Todas as armas semiautomáticas de estilo militar usadas durante o ataque terrorista na sexta-feira, 15 de março, serão proibidas", completou a premiê, observando que o projeto de lei será apresentado ao parlamento no próximo mês de abril.

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Além disso, proibirá os carregadores de alta capacidade e as peças utilizadas para que alguns fuzis se transformem em semiautomáticos, como supostamente aconteceu com uma das armas utilizadas durante o ataque às mesquitas.

A proposta legislativa inclui exceções como no controle de pragas e competições internacionais de tiro da polícia e Forças de Defesa.

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A reforma propõe uma anistia para aqueles que entreguem suas armas, assim como de um plano de recompra por parte das autoridades que será anunciado em breve.

Identificação das vítimas do massacre

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Em comunicado, a polícia informou que terminou o processo de identificação de todas as vítimas do ataque atribuído ao australiano de extrema-direita, que disparou contra muçulmanos que rezavam nas mesquitas de Al Noor e Linwood.

"Fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance para devolvê-los o mais rápido possível e, ao mesmo tempo, asseguramos que coletamos todas as evidências e informações de que precisamos para um processo criminal", disse o comissário da Polícia, Mike Bush.

Os mortos incluem Mucaad Ibrahim, 3, o mais jovem de todos os mortos no atentado, e Sayyad Milne, um estudante neozelandês de 14 anos que foi enterrado hoje no cemitério Memorial Park, no leste de Christchurch.

Nas próximas horas acontecerá o sepultamento de Haji-Daoud Nabi, afegão de 71 anos que chegou na Nova Zelândia na década de 1970 e que salvou algumas pessoas durante o ataque à mesquita de Al Noor.

Do total de 50 feridos, 29 ainda estão hospitalizados, dos quais nove permanecem em estado grave, incluindo uma menina de 4 anos que foi transferida para Auckland.

A Nova Zelândia se prepara para homenagear as vítimas amanhã, após uma semana do ataque atribuído ao terrorista de extrema-direita, enquanto as mesquitas de Al Noor e Linwood abrem suas portas para as costumeiras orações de sexta-feira.

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