Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Putin diz que tem inveja de Obama porque americano pode espionar sem sofrer nada

Presidente russo disse que, apesar de escândalo de espionagem, americanos ficarão impunes

Internacional|Do R7

Putin fez as declarações hoje durante sua coletiva anual de imprensa
Putin fez as declarações hoje durante sua coletiva anual de imprensa

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (19) que sente inveja so presidente Barack Obama por "poder" espionar. O mandatário ainda elogiou a nobreza de Edward Snowden, o ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), asilado na Rússia.

"[A espionagem] sempre existiu. É uma das profissões mais antigas do mundo, ao lado de algumas outras. Não vamos enumerá-las. Não há tantas profissões tão antigas", disse Putin, com ironia, durante sua entrevista coletiva anual.

O chefe do Kremlin assegurou que as criticadas "escutas" feitas pelos serviços secretos americanos têm como objetivo a luta antiterrorista.

— Deus me livre, não vou justificar a ninguém. Mas é justo dizer que tudo o que se faz, principalmente, na luta contra o terror, são atividades antiterroristas.


ONU aprova resolução brasileira sobre espionagem

Dilma se recusa a comentar asilo a Snowden porque pedido "não foi encaminhado"


Itamaraty diz que Snowden não formalizou pedido de asilo

Casa Branca diz que Snowden ainda enfrenta acusações criminais nos EUA


Quanto às críticas que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu na Europa pelas escutas a seus aliados, reconheceu: "Eu o invejo. O invejo, já que pode fazer [escutas] e não vai acontecer nada".

Putin admitiu que as atividades de espionagem "têm componentes negativos" e que "politicamente, certamente, deve-se limitar o apetite dos serviços secretos".

— Deve haver regras mais ou menos compreensíveis e acordos concretos [sobre a espionagem eletrônica], também de caráter moral.

Ao mesmo tempo, Putin considerou "nobre, embora complicada" a decisão de Snowden de revelar informação classificada sobre o trabalho dos serviços secretos dos Estados Unidos.

— Não nego que não me é indiferente. Acho que graças a Snowden mudou muito [a concepção sobre espionagem] na cabeça de milhões de pessoas, incluído nas dos maiores grandes dirigentes políticos da atualidade.

O líder russo, eleito este ano o homem mais poderoso do mundo pela revista Forbes, também reconheceu que nunca se chegou a reunir com o ex-técnico americano, que recebeu em agosto asilo temporário na Rússia e que a Justiça americana pede que seja extraditado.

— Não conheço pessoalmente o senhor Snowden, nunca me encontrei com ele. É um homem nobre, interessante, mas ele tem seus assuntos e eu, os meus familiares. Ele deve decidir seu futuro. Nisso, nem o ajudamos, nem o limitamos, simplesmente lhe demos asilo.

Putin também insistiu que "no plano operacional" a Rússia "não trabalha e nunca trabalhou" com Snowden, nem tentou arrancar-lhe informações sobre seu antigo trabalho.

O mandatário também negou que a Rússia tenha algum conhecimento sobre a informação privilegiada à qual o norte-americano teve acesso, lembrando que, como condição para permanecer na Rússia, o americano deve se abster de realizar atividades contra os interesses dos Estados Unidos.

O que acontece no mundo passa por aqui

Moda, esportes, política, TV: as notícias mais quentes do dia

Veja as imagens do dia

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.