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Médica do "Bando da Degola" é condenada a 46 anos de prisão

Gabriela Ferreira da Costa deverá cumprir a pena em regime fechado

Minas Gerais|Do R7

Em depoimento, Gabriela negou participação nos homicídios
Em depoimento, Gabriela negou participação nos homicídios Em depoimento, Gabriela negou participação nos homicídios

A médica Gabriela Ferreira Corrêa da Costa, acusada de integrar o "Bando da Degola" e participar da morte e esquartejamento de dois empresários em Belo Horizonte, em abril de 2010, foi condenada a 46 anos e seis meses de prisão nesta terça-feira (31). Ela deverá cumprir a pena em regime fechado, mas vai recorrer em liberdade.

Gabriela foi condenada pelos crimes de formação de quadrilha, extorsão, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado (praticado com o fim de facilitar a execução de outro crime utilizando meio cruel e dificultando a defesa da vítima) e destruição e ocultação de cadáver.

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Em depoimento que durou duas horas no fim da manhã desta terça, a médica admitiu que sabia do sequestro, mas negou qualquer participação nos homicídios. Gabriela entrou em contradição ao dizer que não tinha visto a vítima amarrada, mas foi corrigida pelo promotor Francisco Santiago e pediu desculpas pela declaração.

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Gabriela contou que recebeu ameaças de Frederico Flores durante um mês e foi obrigada a assistir às sessões de torutra para saber como quem o traía era tratado. Ela disse ter se negado a denunciá-lo à polícia porque Flores se dizia "intocável".

A médica alegou que foi obrigada a fazer duas transferências na conta bancária da vítima, na sexta-feira anterior às mortes, de manhã e à tarde.

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Gabriela negou ter envolvimento íntimo com Flores, mas revelou que ele ameaçava engravidá-la e dizia que "sua alma é minha". Segundo a acusada, eles foram apresentados pela irmã dele para serem sócios em uma clínica.

Dos integrantes do "Bando da Degola", já foram condenados Frederico Flores, apontado como líder do grupo, sentenciado a 39 anos de reclusão, o ex-policial Renato Mozer, a 59 anos de reclusão, Arlindo Soares Lobo, com pena de 44 anos, Adrian Gabriel Grigorcea, que recebeu pena de 30 anos e o pastor Sidney Eduardo Benjamin, condenado a três anos.

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O ex-policial André Luiz Bartolomeu ainda não foi julgado, assim como o advogado Luiz Astolfo Sales Bruno.

Relembre

O Ministério Público denunciou Frederico Flores e outras sete pessoas pelo sequestro, extorsão e assassinato dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, entre os dias 10 e 11 de abril de 2010.

Após sequestrar as vítimas e realizar saques e transferências de valores de suas contas, o grupo matou e degolou os empresários em um apartamento no bairro Sion. Em seguida, eles teriam transportado os corpos, no porta-malas do carro de uma das vítimas, até Nova Lima, na Grande BH, onde os cadáveres foram desovados parcialmente incendiados.

De acordo com a denúncia, os empresários estariam envolvidos em estelionato e atividades de contrabando de mercadorias importadas, mantendo em seus nomes várias contas bancárias, de onde eram movimentadas grandes quantias de dinheiro. Mas, as atividades ilícitas chegaram ao conhecimento de Flores, líder do "Bando da Degola", que passou a manifestar o desejo de extorqui-los e obteve ajuda dos demais acusados.

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