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Polícia indicia delegado suspeito de matar namorada por homicídio qualificado e pede prisão preventiva 

Atualmente, Geraldo Toledo cumpre prisão temporária; inquérito foi encerrado hoje (10)

Minas Gerais|Do R7 MG

Amanda morreu depois de ficar 51 dias internada em Belo Horizonte
Amanda morreu depois de ficar 51 dias internada em Belo Horizonte

O delegado Geraldo Toledo, suspeito de matar a namorada adolescente em abril deste ano, foi indiciado por homicídio qualificado (ou seja, cometido por motivo fútil), segundo informações da Polícia Civil. A Corregedoria da corporação encaminhou nesta segunda-feira (10) à Justiça o inquérito que investigava o crime. A delegada Agueda Bueno, responsável pelo caso, solicitou à Vara Criminal de Ouro Preto a prisão preventiva de Toledo, que atualmente cumpre prisão temporária na Casa de Custódia da polícia, em Belo Horizonte.

Mais cedo, a juíza Lúcia de Fátima Magalhães negou pela terceira vez o pedido da Comissão de Direitos Humanos para que o delegado fosse ouvido em audiência pública na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira (10). A informação foi dada à Comissão de Direitos Humanos através de um ofício enviado pela Polícia Civil.

Na última quarta-feira (5), o desembargador Luiz Audebert Delage Filho autorizou a ida do delegado à reunião extraordinária. A juíza da Vara da Infância e Juventude de Ouro Preto, Lúcia de Fátima Magalhães, havia negado outras duas vezes a participação por entender que a tarefa de investigação não seria atribuição dos deputados. A Comissão de Direitos Humanos recorreu ao TJ e obteve a decisão favorável.

De acordo com a assessoria de imprensa da comissão, a reunião está mantida, mesmo com a ausência do delegado. A audiência será realizada nesta tarde, a partir de 14h15, no Plenarinho 4, da Casa. Devem comparecer o procurador-geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, Carlos André Mariani Bitterncourt, o chefe de Polícia Civil de Minas, Cylton Brandão da Matta, o corregedor-geral da Polícia Civil de Minas, Renato Patrício Teixeira e o superintendente de investigações e polícia judiciário da Polícia Civil de Minas Gerais, Jeferson Botelho Pereira.


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Entenda o caso


Toledo está preso preventivamente na Casa de Detenção do Policial Civil, em Belo Horizonte. Ele teria atirado na adolescente Amanda Linhares, com quem tinha um relacionamento amoroso, durante uma briga na estrada que liga Ouro Preto a Lavras Novas, na região central de Minas.

Amanda ficou internada por quase dois meses no Hospital Pronto-Socorro João 23, na capital. Ela morreu na noite da última terça-feira (4), após sofrer uma parada cardiorrespiratória. O corpo foi enterrado no cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete.

Embora o exame de balística não tenha encontrado vestígios de pólvora nas mãos de Amanda, Toledo sustenta que a menor se matou. Um sapato e um estojo de maquiagem da garota foram encontrados na BR-040 e reforçaram as suspeitas de que o policial tentou ocultar provas.

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