Policiais civis da Core (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais) derrubaram um memorial, criado por familiares e movimentos sociais, em homenagem aos mortos na comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio, na operação que completou um ano na última sexta (6).
Imagens que circularam nas redes sociais mostram os agentes usando uma marreta para destruir uma estrutura de concreto e um pé de cabra para remover a chapa de metal, com os nomes das 28 vítimas da ação considerada a mais letal da história do estado. Entre os mortos, estava o agente André Leonardo de Mello Frias.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que o memorial retirado era ilegal por não ter autorização da Prefeitura do Rio e que os 27 mortos eram traficantes e tinham passagens pela polícia, além de envolvimento comprovado com atividades criminosas.
Por fim, a polícia declarou que a menção ao policial André Leonardo foi negada por sua esposa e tampouco teve autorização da família do agente.
Na sexta, o Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou o encerramento da força-tarefa criada para investigar a operação. Ao longo de um ano de apuração, seis pessoas foram denunciadas, incluindo dois traficantes e quatro policiais. Dez inquéritos foram arquivados por falta de evidências, de acordo com o MP.
Diferentemete do que aponta a polícia, ao menos duas vítimas não tinham relações com o tráfico, segundo o coordenador da força-tarefa do Jacarezinho, André Luis Cardoso.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira