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Com ambiente acolhedor e seguro, parto humanizado favorece o bem-estar e a saúde de mãe e bebê

Hospital de SP inaugurou recentemente uma aula para o tipo de parto pela rede pública

Saúde|Marta Santos, do R7

Sala do Hospital Santo Antônio possui banheira, banheiro privativo e instrumentos para exercícios de indução do parto
Sala do Hospital Santo Antônio possui banheira, banheiro privativo e instrumentos para exercícios de indução do parto Sala do Hospital Santo Antônio possui banheira, banheiro privativo e instrumentos para exercícios de indução do parto

Em um País onde mais da metade dos bebês nascem de cesarianas, número muito acima dos 15% recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o movimento a favor do parto normal e com menor interferência médica vem ganhando força, tanto pelo incentivo dos profissionais de saúde, quanto das futuras mamães.

Nesse cenário, cresce também o número de centros especializados em partos humanizados, nos quais a paciente dá à luz em um ambiente acolhedor e tranquilo, explica Katia Kosorus, coordenadora da maternidade do Hospital Santo Antônio.

— Quando entra em trabalho de parto, a mulher é levada para uma suíte privativa, pode escolher a melhor posição para dar à luz e tem liberdade de se movimentar, comer, beber e até tomar banho durante. O ambiente tem luz reduzida e permite o acompanhamento de outras pessoas, como o pai da criança, por exemplo. Há também uma série de técnicas para aliviar as dores da mãe, como massagem e movimentos com bolas de pilates.

Esse tratamento diferenciado também contribui para desfazer mitos e medos que, muitas vezes, as gestantes têm em relação ao parto natural.

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— O ambiente todo difere muito dos partos do passado, em que a paciente ficava internava em jejum, era realizada uma lavagem intestinal e os pelos íntimos dela eram cortados com lâmina. Ela não vai ficar ao lado de outras pacientes, ouvindo a mãe ao lado gritar. Além disso, quem dita como e quando o nascimento será é a mãe e o bebê. O trabalho do médico é apenas checar a vitalidade do feto e da mãe, passar tranquilidade para a ela e acompanhar a evolução do trabalho de parto, mas não interferir ou acelerar o andamento.

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Além do bem-estar da gestante, o parto normal também traz uma série de benefícios para a criança. Logo após nascer, o bebê já pode ir direto para os braços da mãe e mamar. Os primeiros procedimentos médicos e exames também são feitos ainda no colo.

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— No parto normal há menos riscos de prematuridade e de patologias respiratórias. Existe uma maior chance de amamentar e de criar vínculos entre mãe e filho. Esse é um momento mágico, e a mulher pode vivê-lo sem que esteja medicada e anestesiada. Ela tem a chance de ter um contato pele a pele e abraçar o bebê logo após o nascimento. Isso é possível de ser feito em uma cesariana também, só que é muito mais difícil.

Apesar de defender que o parto normal deve ser sempre priorizado, Katia ressalta que, em alguns casos, a cesariana é a melhor escolha, principalmente, quando há indicação médica para a realização da cirurgia.

— A cesariana é um parto cirúrgico que possui indicações. No entanto, as indicações absolutas são poucas, ou seja, quando são fetos que não vão conseguir nascer de outra forma a não ser cirúrgica. Quando o neném está em posição transversa, por exemplo; placenta prévia centro-total, que é quando a placenta está na parte debaixo, recobrindo o colo do útero; emergências, como o descolamento prematuro de placenta.

O Hospital Santo Antônio atende apenas gestantes do SUS (Sistema Único de Saúde), em um centro inaugurado em março deste ano, desenvolvido para realização de partos normais e humanizados na zona leste da cidade de São Paulo. A nova ala que deverá realizar cerca de 400 partos mensalmente, de pacientes encaminhadas de 26 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), que têm o hospital como referência, além de casos emergenciais.

Todas as gestantes que realizarem o parto na rede pública de saúde no Estado de São Paulo têm o direito de ter acesso ao parto humanizado, segundo a Lei 15.759/2015. No entanto, a Secretaria do Estado não sabe informar exatamente quantas maternidades têm capacidade de atender aos requisitos de um parto humanizado.

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