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HIV usa família de células imunitárias para se propagar, revela pesquisa

Estudo abre o caminho para buscar novos remédios anti-retrovirais

Saúde|Do R7

Células mielóides ajudam o HIV a se propagar mais rapidamente
Células mielóides ajudam o HIV a se propagar mais rapidamente

Cientistas do IrsiCaixa (Instituto de Pesquisa da Aids), em Barcelona, comprovaram que uma família de células do sistema imunitário, as células mielóides, funcionam como um "cavalo de Troia" e ajudam o HIV a se propagar mais rapidamente pelo organismo.

O estudo, que foi publicado nesta quinta-feira (7) pela revista "Retrovirology", abre o caminho para buscar novos remédios anti-retrovirais, já que os atuais não bloqueiam esta via de dispersão do vírus da Aids. De fato, o IrsiCaixa anunciou que já está pesquisando, entre outras estratégias de erradicação do HIV, um fármaco contra este mecanismo de propagação que poderia potencializar os tratamentos clínicos atuais.

O estudo demonstrou pela primeira vez que as células mielóides podem capturar o HIV e, ao invés de iniciar uma resposta imunológica adequada contra ele, o concentram em grande quantidade e o transmitem inteiro a seu principal alvo, os linfócitos T-CD4.

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Segundo informou o centro de pesquisa especializado em HIV impulsionado pela entidade bancária La Caixa e o governo regional da Catalunha (Generalitat), as células mielóides atuam como autênticos "cavalos de Troia" e favorecem a rápida expansão do vírus pelo organismo.

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Segundo os pesquisadores, em condições normais, quando um patogênico entra em nosso organismo, as células mielóides exercem um papel-chave na ativação da resposta imunológica. Sua função consiste em patrulhar pelo organismo, capturar os agentes infecciosos, degradá-los e obter algumas de suas moléculas, para depois se deslocar aos nódulos linfáticos, onde células se encarregam de destruir de maneira específica os micróbios e as células que já foram infectadas.

O problema do HIV é que ele se aproveita das células mielóides e as transforma em "cavalos de Troia" refugiando-se dentro da mesma, em compartimentos, sem chegar a se degradar por inteiro, segundo descobriram os pesquisadores. 

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