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Novo remédio aumenta sobrevivência de pacientes com câncer de pulmão

Pacientes que receberam medicamento melhoraram seus resultados

Saúde|Do R7

Um novo medicamento pode ajudar pacientes com câncer de pulmão em estado avançado a viver mais e pode contribuir no tratamento de outros tipos de câncer, informaram pesquisadores nesta segunda-feira (3).

Se os resultados iniciais forem confirmados em um estudo de Fase III ainda em andamento, este será o primeiro tratamento desenvolvido na última década que pode melhorar os resultados para pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado.

Os pacientes que receberam o medicamento Ganetespib do laboratório Synta tiveram uma média de sobrevivência de 9,8 meses, em comparação com os 7,4 meses registrados nos pacientes que passaram pelo tratamento padrão.

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O medicamento age bloqueando um tipo de proteína chamada de chaperona molecular que ajuda as proteínas recém-formadas a assumirem a forma necessária para assumir sua função biológica específica.

Devido ao fato de muitas das proteínas que levam ao crescimento do câncer de pulmão precisarem desta chaperona — chamada de Hsp90 — para agir, bloqueá-la pode desativar ao mesmo tempo muitas proteínas que promovem o crescimento do câncer.


Os pesquisadores acreditam que o novo remédio também pode funcionar em pacientes que desenvolvem mutações que os tornam resistentes aos medicamentos tradicionais porque também inibe a função das proteínas mutantes.

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Segundo o principal autor do estudo, Suresh Ramalingam, professor de oncologia da Emory University em Atlanta, Georgia, este é o primeiro estudo aleatório que demonstra benefícios terapêuticos com um inibidor de proteína de choque térmico em pacientes com câncer.

—Esperamos que o estudo de Fase III confirme nossas descobertas, já que pacientes com esta forma e estágio de câncer de pulmão precisam urgentemente de tratamentos mais efetivos.

Medicamentos anteriores com Hsp90 não tiveram sucesso nos testes porque não eram significativamente efetivos na extensão da vida e causaram intoxicação do fígado. Este é o primeiro teste clínico aleatório de um inibidor de segunda geração e é a primeira vez que este tipo de droga mostra-se segura e efetiva.

O estudo de Fase II examinou 252 pacientes com adenocarcinoma de pulmão no estágio IV. Ele foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago.

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