Número de infectados pelo vírus ebola supera 4.000
Casos "continuam crescendo" em Guiné, Libéria e Serra Leoa
Saúde|Do R7
O número de infectados pela epidemia de ebola que assola o leste da África chegou a 4.269 pessoas, causando 2.288 mortes, segundo dados divulgados nesta terça-feira (9) pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A agência sanitária das Nações Unidas indicou que a quantidade de casos "continua crescendo" em Guiné, na Libéria e em Serra Leoa, os três países mais atingidos pela doença, onde existem quadros de "ampla e intensa transmissão".
A afirmação tem como base a análise do levantamento, que revela o aumento do contágio nas últimas três semanas, quando o número de infectados se multiplicou exponencialmente. O vírus do ebola, transmitido por contato direto com fluidos corporais, tem um período de incubação de até 21 dias e, por isso, a OMS concentra a avaliação dos contágios neste intervalo.
Segundo os dados coletados até 6 de setembro, a Libéria detectou 2.046 casos e 1.224 mortes. Do total, 1.212 infecções ocorreram nos últimos 21 dias, e 758 pessoas morreram. Em Guiné, foram registrados 862 casos e 555 mortes, dos quais 339 contágios e 155 óbitos ocorreram durante o período de avaliação, segundo a OMS.
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Ontem, a OMS revelou que espera "milhares de novos casos" de ebola na Libéria nas próximas três semanas. A tragédia na Libéria se explica, entre outros fatores, pelo fato de só haver um médico para cada 100 mil habitantes antes do surto, em uma população total de 4,4 milhões de habitantes. Cada médico doente ou morto significa uma grave diminuição da capacidade de resposta à doença.
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Em Serra Leoa, o número de infectados e mortos subiu para 1.361 e 509, respectivamente, com 533 contágios e 154 óbitos nas últimas três semanas. Na Nigéria, oito pessoas pegaram a doença e quatro delas morreram nos últimos 21 dias, elevando os números totais para 21 contágios e oito mortes. Já no Senegal foram três infectados e nenhuma morte. Essa é a maior epidemia de ebola desde que o vírus foi descoberto em 1976, na República Democrática do Congo (antigo Zaire). É a primeira vez que a doença ocorre no leste da África.