Com chegada de COP30, aumenta o debate sobre o financiamento climático desigual no Brasil
Relatório mostra que Norte e Nordeste concentram piores índices de renda e maiores percentuais de pessoas expostas a problemas ambientais
Meio Ambiente|Do R7
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O financiamento climático no Brasil é desigual, é o que aponta um estudo divulgado pela Oxfam Brasil. Segundo o relatório, as regiões Norte e Nordeste concentram os piores índices de renda e os maiores percentuais de população preta, parda, indígena e quilombola — que são as mais expostas a secas, enchentes e outros desastres ambientais.
O estudo, que propõe uma série de medidas para promover justiça climática e social no país, ainda demonstra que as favelas e as periferias, onde se concentra 73% da população negra, estão em áreas de risco, sem infraestrutura para enfrentar os eventos climáticos extremos. Em entrevista ao Conexão Record News desta quarta-feira (15), Daniel Vargas, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Direito-Rio, comenta os dados do relatório.
O professor explica que a discussão do tema ganha mais relevância com a chegada da COP30 ao Brasil em novembro. Ele pontua que o mundo mudou o pensamento em relação às mudanças climáticas, antes pensando em menor nível e expandindo atualmente a discussão para o ambiente socioeconômico em que a população está inserida.
“Porque se é verdade que o problema climático é geral, as suas características e impactos são variados conforme o território, a população e outros cortes setoriais que essa pesquisa indica”, comenta.

Com a chegada do evento para discussão das políticas climáticas no cenário mundial, Vargas aponta três questões-chave importantes para os debates no fórum e seus desafios.
A primeira é a disposição dos países mais ricos em investir iniciativas de transição verde, além da desburocratização dos regimes e estruturas de financiamento já existentes, e também a adaptação dessas frentes para cada realidade e necessidade encontradas em diferentes localidades.
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