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R7 Brasília

Alexandre de Moraes determina início do cumprimento da pena do ex-deputado Daniel Silveira

Ele havia sido condenado a oito anos e nove meses de prisão, mas recebeu indulto de Bolsonaro; o STF derrubou o benefício 

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Daniel Silveira no plenário da Câmara dos Deputados
Daniel Silveira no plenário da Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o início do cumprimento da pena de prisão, em regime fechado, do ex-deputado Daniel Silveira. O ex-parlamentar também está com os direitos políticos suspensos. Em 10 de maio, o plenário do Supremo decidiu-se pela inconstitucionalidade do indulto individual concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Silveira. O R7 entrou em contato com a defesa do ex-deputado, mas não obteve retorno. Após a derrubada do indulto, a defesa dele disse em nota que a Consituição havia sido enterrada: "Aguarda-se, tão somente, o convite para a missa de sétimo dia".

Silveira foi condenado pelo STF em abril de 2022 por estímulo a atos extremistas e ataques a autoridades e instituições. A pena foi de oito anos e nove meses de prisão. Um dia após o julgamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu um indulto individual que perdoou o ex-deputado.

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A relatora do caso, a ministra Rosa Weber, considerou que o então presidente da República agiu com desvio de finalidade ao editar o decreto e votou pela anulação do indulto. Segundo ela, o ato foi editado sem que fosse observado o interesse público, com o único objetivo de beneficiar um aliado político do ex-chefe do Executivo federal.

O ministro André Mendonça teve um entendimento diferente, ao concluir pela validade do decreto presidencial. O voto dele foi seguido pelo do ministro Nunes Marques. 


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Na prática, Silveira volta a ser condenado a oito anos e nove meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de ameaça ao Estado democrático de Direito e coação. Entretanto, Silveira já está preso desde 2 de fevereiro, por ter descumprido as medidas cautelares impostas pelo STF, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair do Rio de Janeiro, exceto para viajar a Brasília com a finalidade de exercer o mandato, decisão não alcançada pelo indulto de Bolsonaro.

Com a decisão do STF de 10 de maio que anulou o perdão concedido pelo ex-presidente, o ministro Alexandre de Moraes transformou a prisão de Silveira em preventiva. Agora, ele começa de fato a cumprir a pena de oito anos e nove meses de prisão.

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